Cidades

Vídeo: ladrão arromba carro em residencial das 700 e leva bolsa

Moradores reclamam da recorrência desse tipo de crime. Polícia Militar garante que atua ostensivamente na região, mas muitos dos suspeitos acabam sendo soltos e voltam a atuar

Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 17/01/2019 21:45
Moradores reclamam da recorrência desse tipo de crime. Polícia Militar garante que atua ostensivamente na região, mas muitos dos suspeitos acabam sendo soltos e voltam a atuar
Nem as diversas câmeras de segurança e policiamento ostensivo estão sendo suficientes para intimidar os bandidos que miram nas quadras residenciais das 700 Sul para cometer crimes. Uma mesma moradora da 704 Sul foi vítima de duas ocorrências só esta semana. Na segunda-feira (14/1), o portão da residência foi arrombado e, por sorte, o suspeito não conseguiu entrar na casa. Dois dias depois, ela teve o vidro do carro quebrado por um homem, que conseguiu levar a bolsa dela, com pertences pessoais e R$ 300 em espécie.

A ação foi flagrada pelo sistema de monitoramento. Nas imagens é possível ver o suspeito olhando o interior de um veículo. Sem encontrar um objeto atrativo, parte para outro carro, tenta forçar a porta, quebra o vidro para poder roubar a bolsa e depois foge. A vítima registrou as duas ocorrências na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga os casos. Até o momento, ninguém foi preso.
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Os moradores da região relatam que casos como este e roubos ou furtos a pedestres têm sido cada vez mais frequentes. "No dia 18 de dezembro também abriram meu carro e roubaram alguns pertences de dentro dele. Na semana passada, tinha uma criatura assaltando as pessoas na área verde entre as casas. E são sempre figurinhas carimbadas", afirma um morador, que preferiu não se identificar.

Ele conta ainda, que, apesar da recorrência, a polícia tem atuado na região. "Estamos razoavelmente cobertos pelo policiamento, além das câmeras de segurança. É vigilância 24 horas. Mas não temos tranquilidade né? Andar distraído, deixar as coisas no carro, porta da casa aberta, nem pensar. Caso contrário, viramos alvo fácil", conclui.

Para o advogado Rogério de Castro, que mora na região, o grande número de usuários de drogas que transitam na área influencia na quantidade de ocorrências. "Muitos acabam aproveitando para olhar os carros na rua e procurar o que dá para roubar", supõe. Outro popular, que não quis se identificar, afirma que, como a região é arborizada e com vários becos, a rota de fuga para a W3 acaba sendo facilitada.

Ao Correio, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirmou que há uma viatura exclusiva para fazer rondas entre a 702 e 706 Sul, além de duas motos. As outras viaturas também dão apoio caso haja necessidade. O major Michello Bueno garante que a corporação atua ostensivamente no local. "Efetuamos prisões quase que diariamente na região. Mas nossa legislação é muito branda em relação a quem furta, principalmente se o suspeito for usuário de drogas ou dependente químico. Por isso, acabam não ficando presos", justifica.

A Secretaria de Segurança não possui dados de ocorrências somente registradas nas 700, apenas o montante da Asa Sul. No somatório, os índices apontam um leve aumento no número de roubos a pedestres: de 1417 registros em 2017 para 1422 em 2018. No entanto, houve queda de 28,5% nos casos de furtos em veículos e de 6% quanto a furtos a transeuntes.

Para quem transita ou mora nas quadras, o major Michello aconselha: "Não deixem objetos nenhum chamando atenção. Os portões precisam estar bem fechados e deve-se evitar passar em locais escondidos. Os criminosos aproveitam qualquer brecha para que possam furtar e, em grande parte dos casos, trocar por drogas".

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