Jornal Correio Braziliense

Cidades

Estelionatários fazem pelo menos 20 vítimas em golpes de falso aluguel

Grupo visita imobiliárias e fingia interesse em imóveis para fazer cópias das chaves e alugá-los a terceiros. Eles chegaram a ganhar mais de R$ 30 mil. Polícia Civil procura três suspeitos

Três pessoas são procuradas pela Polícia Civil do Distrito Federal acusadas de integrarem uma quadrilha que aplica diversos golpes de aluguel de imóveis. O grupo visitava imobiliárias fingindo ter interesse nas residências. Ao pegarem as chaves, faziam cópias e fingiam ser donos dos imóveis.
Policiais da 24; Delegacia de Polícia (Setor O) investigam os criminosos desde o início de 2018. Ao todo, cinco pessoas da mesma família participavam do grupo. Contudo, a Justiça concedeu a prisão preventiva de três: André Martins Ramos, marido de Andrea Silva Lisboa, e a irmã dela, Daniela Silva.
O trio fez pelo menos 20 vítimas nas cidades de Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Taguatinga e Sobradinho. Eles ganharam de mais de R$ 30 mil com os golpes, como destaca o delegado-chefe, Ricardo Viana.
"Era um grupo bem arquitetado e organizado. Havia uma rotatividade da pessoa que ia nas imobiliárias para pegar a chave, para não levantar suspeitas. Com a cópia do objeto, eles pregavam cartazes em locais movimentados da cidade anunciando o imóvel, deixando o número de telefone como se fosse do dono", explica o delegado.
A vítima entrava em contato com os estelionatários e, ao alugarem o local, realizava depósitos em contas previamente determinadas. A pessoa só descobria que tinha caído em um golpe quando o verdadeiro proprietário ou o responsável da imobiliária iam até o local.
"As primeiras denúncias começaram no Setor O e, o que nos chamou a atenção, foi o modo de atuação. Com a semelhança, conseguimos alinhar que se tratava de um único grupo aplicando diversos golpes", afirma Ricardo Viana.
Os cinco envolvidos foram denunciados e indiciados por estelionato e organização criminosa. André, Andréa e Daniela são indicados como os chefes do esquema. Eles têm um mandado de prisão preventiva em aberto. Quem tiver informações sobre os suspeitos, pode denunciar anonimamente para a Polícia Civil pelo telefone 197, opção 0; pelo e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br; ou por WhatsApp (61) 98626-1197.