Cidades

Haitiano é preso suspeito de atuar como pastor para estuprar adolescente

Mardochee Legal teria aproveitado de encontros da igreja para se aproximar de garoto de 13 anos. Ataques aconteceram em 2012, mas família soube dos fatos apenas em 2017

Cézar Feitoza - Especial para o Correio, Jéssica Eufrásio
postado em 29/01/2019 16:16
Ilustração de rosto coberto por mãos transparentes Um homem de 39 anos foi preso por agentes da 27; Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), na tarde desta terça-feira (29/1), acusado de estuprar um jovem de 13 anos no Recanto das Emas entre 2012 e 2013. O suspeito, o haitiano Mardochee Legal, morava na cidade e atuava como pastor de uma igreja na Quadra 306. O crime aconteceu durante oito meses, mas a família da vítima soube dos fatos apenas em março de 2017 quando informou as autoridades.

Segundo as investigações, o homem passou a ter mais contato com a família por causa das reuniões da igreja. Ele teria se oferecido para ensinar inglês ao adolescente. No entanto, durante os encontros, o acusado masturbava o adolescente sob a desculpa de que precisava checar se ele tinha alguma infecção sexualmente transmissível. Ele também pedia que o garoto fizesse a mesma coisa, para "checar se a vítima tinha atração por homens", segundo a Polícia Civil.

O suspeito foi preso preventivamente na cidade de Medianeira (PR), na sexta (25/1), e, nesta segunda-feira (29/1), foi transferido para o DF. De acordo com o delegado-chefe da 27; DP, Pablo Aguiar, o garoto está com 18 anos e precisa de acompanhamento psicoterapêutico para lidar com o trauma. "A vítima foi abusada quando tinha de 12 para 13 anos e, à época, não contou nada para os familiares. Ele só falou o que havia acontecido com um irmão mais velho, depois de dizer que estava com depressão. O menino carrega traumas até hoje e precisa de tratamento psicológico para conviver com as memórias do abuso", afirmou o delegado.

Segundo o investigador, Mardochee deixou Brasília em 2016 e, enquanto morava no Paraná, trabalhava em uma cooperativa e ajudava em uma igreja. A polícia ainda não sabe quando o suspeito chegou ao Brasil nem o motivo da vinda. Ele deve cumprir a sentença no Brasil e, depois, pode ser deportado. A pena para o crime de estupro de vulnerável pode ir de 8 a 15 anos de prisão.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação