Cidades

Falso delegado da Polícia Federal é preso em Águas Claras

Nas redes sociais, o homem de 46 anos postava fotos com armas, símbolos da PF, viaturas e até fardas

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 01/02/2019 08:40
Policiais da 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, estão investigando o caso

Um advogado que se passava por delegado da Polícia Federal foi preso na manhã desta sexta-feira, (1/2), pela Polícia Civil do Distrito Federal. André Luiz Fonseca, 46 anos, foi acusado de extorquir pessoas que respondiam processos criminais. Ele prometia ajudar essas pessoas, acabando com o inquérito policia, em troca pedia valores entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. A prisão foi realizada no apartamento onde mora sozinho, na Rua 25, em Águas Claras.

Por ser advogado, o suspeito tinha livre acesso às delegacias do DF, inclusive encontrava as vítimas na sede da Polícia Federal. Como sempre estava no local, com farda da corporação e distintivo, acreditavam mesmo que ele fosse delegado. Segundo o delegado-adjunto da 1; Delegacia de Polícia, na Asa Sul, João Ataliba Neto, André comprava os materiais em lojas oficiais.
Na casa de André foram encontrados fardas da corporação, distintivos, brasões da Polícia Federal, entre outros materiais que estão sob investigação

No momento da prisão, a Polícia encontrou ainda no carro do falso delegado duas armas de pressão, uma delas réplica de um fuzil e uma pistola. A Polícia ainda não sabe o rapaz tinha porte de arma. Com André, a Polícia também apreendeu um veículo, uma caminhonete Ford Ranger 0 KM, e um moto Honda CBR 1000Rs Repsol. A 1; DP ainda está investigando a procedência tanto das armas, quanto dos veículos.


Como agia


Em um dos casos André disse a um presidiário, que cumpre pena em regime aberto, que havia um processo de ameaça contra ele na justiça e que havia drogas em seu veículo, e, caso fosse pego poderia ter a pena ampliada. Disse ainda que apenas um agente da Polícia Federal poderia ajudá-lo.

À vítima André pediu R$ 50 mil, mas como não tinha a quantia em dinheiro, o suspeito pegou o carro do rapaz como garantia, inclusive se apossou de bens pessoais dele, como aliança de casamento, um jogo de panelas no valor de R$ 9 mil e carregadores de celular.

Suspeito da ação do falso delegado, a vítima fez a denúncia. ;Foi enquadrado como extorsão, crime grave, cuja a pena é de 4 a 10 anos. O André possui um cúmplice, que é um advogado que tem um escritório de advocacia. Já sabemos quem é a pessoa, mas como estamos em investigação não podemos dizer o nome;, relatou o delegado-adjunto da 1; DP.
A Polícia ainda apreendeu um veículo, uma caminhonete Ford Ranger 0 KM, e um moto Honda CBR 1000Rs Repsol

Outras ações


Em 2016, André já havia se passado por delegado da Polícia Federal. Foi investigado e condenado. No caso, ele respondeu pelo crime de usurpação de função pública. Como é considerada uma infração leve, segundo o delegado, a pena foi de prestação de serviço. Na época de faculdade, o suspeito foi preso por porte ilegal de arma. Um colega dele, que hoje é da Polícia Civil, afirmou que seu sonho sempre foi ser da Polícia.

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