Cidades

Três adolescentes assassinaram moradora de rua por desavença anterior

A mulher foi morta em uma emboscada, em descampado da Quadra 3 de Sobradinho I. Ela levou pelo menos nove facadas no peitoral e nas costas

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 05/02/2019 09:46
A vítima foi morta a facadas na Quadra 3 de Sobradinho ITrês adolescentes estão envolvidas no assassinato da moradora de rua identificada apenas como "Neguinha". O crime aconteceu no ínicio da tarde de segunda-feira (4/2), em um descampado da Quadra 3 de Sobradinho I. Uma quarta jovem estava no local, mas tentou impedir a barbárie. A 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho) é responsável pela investigação.
A vítima era moradora de rua, tinha entre 20 e 30 anos. Ela foi esfaqueada durante uma emboscada, supostamente armada pelas adolescentes, de 17, 16 e 15 anos. A mulher foi atacada com uma faca, levando nove golpes no peito e nas costas. Após o crime, as suspeitas fugiram correndo do local. Uma câmera de segurança filmou a fuga. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Correio não divulgará o vídeo das suspeitas.
Uma testemunha foi responsável por encontrar a moradora de rua, que ainda estava viva. Ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas foi em vão.
A princípio, a polícia trabalhava com a hipótese de acerto de contas, uma vez que a vítima era usuária de drogas, como delimitou o delegado-chefe Hudson Maldonado. "Apuramos que a adolescente de 17 anos tinha uma desavença com a vítima. Duas das jovens teriam apenas aderido à conduta, ajudando no assassinato. Somente a quarta integrante não colaborou, chegando a gritar para que as amigas parassem", explicou.
A vítima e a adolescente de 17 anos tinham se envolvido em uma briga. Na ocasião, a moradora de rua teria agredido uma amiga da jovem, que quis se vingar.
Os investigadores chegaram até as adolescentes por meio de imagens de circuito de segurança e depoimentos de testemunhas. As suspeitas moram com a familía na região administrativa. Elas responderão por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
"Ainda, soma-se dois qualificadores à pena: o motivo fútil e a impossibilidade de defesa da vítima. Ao todo, as adolescentes podem ficar até três anos internadas", finalizou o delegado Hudson Maldonado.

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