Alan Rios, Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 25/02/2019 16:47
A Polícia Civil prendeu cinco pessoas acusadas de produzirem haxixe em um laboratório em Valparaíso de Goiás. A droga era vendida no Distrito Federal. O novo lote do entorpecente seria distribuído no carnaval, gerando até R$ 70 mil de lucro. Três envolvidos foram presos após dois membros do grupo serem flagrados com drogas sintéticas, como comprimidos e cristais de ecstasy.
A casa indicada como o laboratório está no nome da mãe de um dos criminosos, conforme informações da corporação. Agentes apreenderam 28kg de maconha, além de óleo desta droga para a produção de haxixe, como explica o delegado Rogério Rezende, chefe da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord).
;Inicialmente, o foco da investigação era a distribuição de sintéticos em festas eletrônicas da capital. Contudo, para a nossa surpresa, descobrimos que eles tinham o laboratório para a produção de haxixe. Três homens cuidavam do local quando chegamos. Além da maconha e do óleo, havia uma grande quantidade de haxixe pronta;, afirma Rogério Rezende.
Em um vídeo gravado pela Polícia Civil (veja abaixo), é possível ver caixas, sacos e galões utilizados para a fabricação da droga. Dois cômodos da casa serviam para armazenamento e produção, que era constante.
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Além dos entorpecentes citados anteriormente, foram apreendidas porções de cocaína e skank, uma balança de precisão e frascos de anabolizantes. Agentes que participaram da operação calculam que o grupo lucraria cerca de R$ 70 mil só com a venda no feriado.
A apuração da polícia é de que a quadrilha utilizava o local como laboratório pelo menos desde dezembro do ano passado. Entretanto, a ação era silenciosa, o que não gerava suspeita. ;Era uma residência normal. Provavelmente os vizinhos não sabiam, pois a produção era realmente interna. Não recebemos nenhuma denúncia;, analisa.
Inicialmente, os envolvidos responderão por tráfico interestadual de drogas e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a até 15 anos de prisão. O delegado Rogério Rezende garante que ;as investigações continuam. Apreendemos diversos objetos que podem nos levar a outras ações do grupo.;