Cidades

Operação do MPGO mira suspeitos de fraudes de licitações em Formosa

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, nas casas de duas ex-presidentes da Comissão de Licitações, do ex-gestor do Executivo e do ex-controlador interno

Alan Rios
postado em 27/02/2019 16:14
Ação aconteceu na manhã desta quarta-feira (27/2)
O Ministério Público do Estado de Goiás deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27/2), uma operação que investiga suspeitas de desvio de recursos públicos em licitações de Formosa (GO). De acordo com a apuração inicial do órgão, empresários e funcionários teriam fraudado contratos entre 2017 e 2018, em atos de improbidade administrativa.

Os mandados expedidos pela Justiça foram cumpridos nas residências de duas ex-presidentes da Comissão de Licitações, do ex-gestor do Executivo e do ex-controlador interno. A operação foi nomeada de Queronéia e é um desdobramento da Gaugamela. ;Queronéia foi a primeira batalha travada por Alexandre da Macedônia no ano de 338 A.C, e que resultou na unificação das cidades-estado da Grécia antiga;, divulgou o MPGO.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Formosa informou fará reuniões e emitirá um pronunciamento sobre a operação ainda nesta quarta.

Relembre

A primeira fase da operação aconteceu no último dia 12. Para investigar o caso, foram cumpridos nove mandados de buscas e apreensão em Formosa. A prefeitura do município chegou a ser lacrada para a ação. Entre os alvos, estavam nomes influentes no município, como o ex-secretário de Obras do município, Jorge Saad Neto, o ex-secretário municipal de finanças, Luis Gustavo Nunes de Araújo.

Atualmente, os investigados trabalham com Ernesto Roller, ex-prefeito do município e secretário de Governo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Uma fonte ligada à investigação afirmou que Jorge Saad Neto e Luiz Gustavo são nomes de confiança de Roller. Além dos ex-secretários, o MPGO investiga o empresário André Luiz Gontijo de Souza, proprietário da empresa Multi-X, e faz buscas nas secretarias de Obras, Finanças, Administração, Controle Interno, Licitação e Gestão de Contratos.

"Investigações desenvolvidas pelo Ministério Público revelaram esquema de desvio de dinheiro do município em benefício de agentes públicos e particulares. Tais desvios foram verificados, sobretudo, em contratos de pavimentação asfáltica da cidade que deveriam ter sido realizados pela empresa Multi-X. Caso comprovados os fatos, os envolvidos estão sujeitos a penas de multa, suspensão dos direitos políticos, perda do cargo público, dentre outras", divulgou o MP em nota, dia 12.
O advogado de André Luiz, Nilson Ribeiro Junior, afirma que o cliente dele está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos. Sobre a operação desta terça, ele ressalta que André não foi citado na operação. À frente da defesa de Jorge Saad e Luís Gustavo, o advogado Carlos Márcio Macedo, reforça que os investigados estão à disposição para prestar esclarecimentos e que, também, não são alvo dessa nova ação do Ministério Público goiano.

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