Cidades

Homem que vendia produtos medicinais sem registro da Anvisa é preso

Comércio ocorria na quadra 411 da Asa Norte. PCDF alerta para o uso do material, que pode causar necrose ou mesmo a morte do usuário

Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 01/03/2019 17:52
Material sem registro da Anvisa era vendido na Asa NorteUm homem de 33 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil do DF (PCDF), nesta quinta-feira (28/2), vendendo produtos terapêuticos e medicinais sem o registro da Anvisa. A comércio ocorria na Quadra 411 da Asa Norte.

A PCDF foi notificada deste caso por fiscais da Anvisa. Eles pediram o apoio da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf) para averiguar a origem do material.

Eram ampolas, pistolas elétricas para aplicação de medicamentos, canetas a laser para remoção de manchas, rejuvenescimento e tatuagem, agulhas de todos os tipos e diversos outros materiais utilizados em tratamentos estéticos vendidos pelo dono do estabelecimento.

A delegada da Corf Isabel de Moraes, responsável pela investigação, conta que o material era vendido indiscriminadamente na loja e pelas redes sociais. "Ele era o distribuidor e esses produtos estavam acessíveis para qualquer tipo de pessoa, não apenas aos profissionais especializados nesse tipo de tratamento", destaca.

O homem, que não teve o nome divulgado pela PCDF, responderá por crime contra a propriedade industrial e por crime de corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos. O último, considerado hediondo, tem pena de reclusão de 10 a 15 anos.

Materiais perigosos


Segundo Moraes, o homem afirma que havia comprado o material pela internet, em sites do exterior. Entretanto, as embalagens indicavam que parte dos insumos eram de produção nacional. "A investigação vai avançar no sentido de descobrir quem é o fornecedor desses produtos falsos a esse comerciante e vários outros. A grande questão é que a gente não sabe o que tem nesse tipo de ampola. Podem ter diversas outras substâncias nocivas ao corpo", relata.

"Há relatos de pessoas que utilizaram esse tipo de pistola falsa e tiveram necrose no local em que foi aplicada, porque a substância não chegou na profundidade que deveria chegar", rememora a delegada.

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