Cidades

De volta ao carnaval do DF, Babydoll de Nylon lota área externa do Mané

Ainda não há expectativa de público para o bloco, mas o estimativa inicial da organização é de que 50 mil pessoas passem pela festa

Ana Viriato, Alan Rios, Jéssica Eufrásio, Patrícia Nadir - Especial para o Correio
postado em 02/03/2019 15:34

Foliões estão concentrados em frente ao Mané Garrincha

Depois de um ano longe da folia, o Babydoll de Nylon voltou a animar o carnaval de Brasília. O principal bloco da capital saiu às 13h deste sábado (2/3) e lotou a área externa do Estádio Nacional Mané Garrincha. O evento chegou a contar com 20 mil foliões, de acordo com a Polícia Militar. Por volta das 16h30, devido à chegada de uma chuva torrencial, muitos se dispersaram ou se esconderam embaixo de árvores e tendas.

Um dos refúgios dos presentes era onde ocorriam as revistas da segurança. Por isso, houve um pequeno transtorno pelo grande fluxo de pessoas, mas sem registro de grande confusão. Foliões recorreram ainda a barraquinhas, a um shopping na Asa Norte e até mesmo à 5; Delegacia de Polícia (Área Central) para se proteger.

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Há, também, quem permaneça na folia apesar da chuva. Em cima do trio, quem pegava o microfone fazia questão de ressaltar entre as músicas: "Babydoll não é lugar de machismo, não é lugar de racismo, de assédio, de discriminação", como bradou um dos cantores.

Animação

Os amigos Rubens Alarido, 21, e João Henrique Silva Freitas, 21, saíram de Taguatinga para curtir o bloco. ;Ficamos muito felizes por ter Babydoll de Nylon nesse ano. A chuva quis desanimar a gente, mas nem um temporal atrapalharia nossa animação;, comenta Rubens. ;Carnaval pede folia. Estou gostando de ver que Brasília está a cada ano deixando uma marca no feriado;, completou João.

Além do babydoll, o que não falta no bloco é respeito, na visão do técnico administrativo Lucas Henrique Ferreira, 20. "De todos os blocos do Distrito Federal, esse é o que eu mais vejo representatividade e respeito a todos. LGBTs e mulheres encontram um respeito muito bom aqui".

Família

Para Cleidmar Carvalho, Carnaval também é tempo de celebrar em família. Mãe de cinco filhos, a dona de casa costumava frequentar blocos mais calmos na infância deles. Neste ano, atendeu aos pedidos dos agora adolescentes. "A gente ia muito para o Baratinha quando eles eram novinhos, mas já não é mais uma festa atrativa para elas. Então viemos para o Babydoll e até colocamos as fantasias que elas escolheram", explica.

Nem o barrigão impediu que Priscila Ortiz, 28, grávida de sete meses, participasse da folia. Se depender da energia da mãe, Pietro nascerá fã do carnaval de Brasília. "Eu sou do Paraná e lá as festas não são muito fortes, então esse ano quis passar aqui em Brasília, com meu marido", conta.

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Alcoolemia

O Corpo de Bombeiros ainda não consolidou um boletim com o número de atendimentos no bloco. Contudo, de acordo com representantes da corporação, a alcoolemia motivou os principais atendimentos. ;Mas também socorremos uma foliã que luxou o joelho na festa. Foi um caso mais isolado, já que ela já tem patologia. No mais, está uma festa tranquila", assinala o cabo Athos Macedo.

Além do Babydoll, o que não falta no bloco é respeito, na visão do técnico administrativo Lucas Henrique Ferreira, 20. "De todos os blocos do Distrito Federal, esse é o que eu mais vejo representatividade e respeito a todos. LGBTs e mulheres encontram um respeito muito bom aqui."

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