Cidades

Morre aos 50 anos a jornalista Larissa Bortoni, servidora do Senado Federal

Formada em comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), Larissa gostava de viajar e se dedicava ao artesanato

Aline Brito*
postado em 04/03/2019 19:39
Larissa Bortoni é lembrada como Morreu, aos 50 anos, a jornalista Larissa Bortoni. Ela sofreu um mal súbito na manhã desta segunda-feira (4/3), em casa. Formada em comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), Larissa trabalhava no Senado Federal desde 1998, onde ingressou por concurso público.

A jornalista atuou, a maior parte do tempo, na Rádio Senado, fazendo cobertura jornalística diária das atividades legislativas e produzindo reportagens especiais, várias delas reconhecidas em premiações nacionais. Larissa deixa dois filhos, Lucas, 25, e André, 29.

Nas redes sociais oficiais da Rádio Senado, colegas de trabalho lamentaram a morte da jornalista. Publicação feita pela rádio definiu Larrisa como ;atenciosa, amiga e de coração imenso;. ;Uma das características da repórter era dar voz às pessoas que não costumam ser ouvidas;, dizia a postagem.

Amigos e familiares receberam a notícia da morte de Larissa com pesar. Isabel Braga, 54, conheceu Larissa ainda na faculdade, há mais de 30 anos. ;Ela era mais que amiga, era minha irmã. Ela tinha um coração gigante, era uma pessoa que se doava;, contou Isabel.
Nos últimos anos, a jornalista vinha se dedicando ao artesanato. ;Ela fazia bordados lindos. Eu costumava dizer que minha casa é cheia de ;Larissas; originais, pois eu tenho espalhadas pela casa as artes que ela fazia;, comentou a amiga.

Segundo a família, a suspeita é de que uma embolia pulmonar tenha causado a morte da jornalista. ;Ela estava reclamando de inchaço nas pernas. A empregada falou que, no domingo (3), ela pediu para comprar um remédio porque estava se sentindo muito inchada;, relatou Paulo Miranda, ex-marido de Larissa.

Paulo conta de Larissa gostava de viajar e morou fora do país por alguns anos. ;Ela gastava o dinheiro dela com viagens. Adorava conhecer lugares novos. Quando mais nova, ela morou no Texas, Estados Unidos;, relembrou.
O velório será terça-feira (5) à tarde, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Não se sabe ainda o horário exato.

Trajetória

Ao longo da carreira, Larissa passou por diversos veículos de comunicação e colecionava prêmios. Trabalhou na CNB Brasília, na Agência Brasília e, por fim, no Senado Federal.
O Sindicato dos Jornalistas de Brasília emitiu uma nota de pesar lamentando a morte da colega de profissão. ; A direção da entidade se solidariza com a família da profissional;, disse a diretoria do Sindicato.

O velório será terça-feira (5) à tarde, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Não se sabe ainda o horário exato.

Confira aqui algumas das reportagens premiadas de Larissa Bortoni:

Adultos autistas: onde eles estão? ; terceiro lugar no prêmio Rui Bianchi, do Memorial da Inclusão, em 2018

A Culpa é do estuprador ; menção honrosa no Sexto Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, em 2018

Tapa de amor dói ; e muito ; finalista do 9; Prêmio Imprensa Embratel em 2007

O povo cigano no Brasil ; vencedor do prêmio Roquette Pinto de 2011 e menção honrosa no prêmio Vladimir Herzog de 2011
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

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