Alexandre de Paula
postado em 06/03/2019 06:00
Criado em meio a questionamentos da população e de servidores, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) é a grande aposta do governo Ibaneis para resolver os problemas enfrentados pelo brasiliense com a rede pública. A entidade, depois de aprovação da Câmara Legislativa, é responsável por gerenciar, além do Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria e seis unidades de pronto atendimento (UPAs). No comando do instituto está Francisco Araújo, que traz no currículo os cargos de secretário de Assistência Social, em Maceió, e de secretário de Saúde de Cajueiro, ambas cidades alagoenses.Em entrevista ao Correio, o novo chefe da entidade adota postura otimista. Os problemas, admite, são vários e devem levar tempo considerável para solucioná-los, mas garante que é possível resolvê-los em pouco tempo. ;Pegando um negócio que vem desgastado de anos e anos, sucateado, como está o sistema de saúde do DF, só se fôssemos mágicos para resolver imediatamente;, afirma.
Mesmo assim, ele acredita que, em breve, a população conseguirá notar claramente os benefícios desse tipo de gestão e que haverá pedidos para que o modelo seja ampliado para outras unidades de saúde. Araújo é enfático ao dizer que os problemas enfrentados na área no DF não são resultado de problemas financeiros. ;É como se Brasília tivesse um avião nas mãos, mas não soubesse pilotar;, observa.
Ele afirma que a saúde da capital federal não se modernizou e que há deficiências sérias no modo como os dados da área são catalogados e apresentados. ;Do ponto de vista da tecnologia e da informatização, a saúde no Distrito Federal está na Idade da Pedra;, argumenta. Questionado se é possível resolver a questão com a urgência necessária para a população, foi direto: ;Vamos resolver;.
Com a natureza jurídica de serviço social autônomo, o Iges-DF tem orçamento e autonomia para gerenciar as compras e contratações de prestadores de serviço e de profissionais para os centros de saúde geridos por ele. O modelo permite aquisições sem licitação e admissões pelo regime celetista.