Cidades

GDF estima que 1 milhão de foliões participaram do carnaval neste ano

Balanço preliminar do GDF contabilizou a folia brasiliense em 54 blocos, com 250 mil pessoas a mais do que no ano passado

Isa Stacciarini
postado em 06/03/2019 17:38
Foliões no último dia de carnaval, no Parque da Cidade
Nos cinco polos carnavalescos montados no Distrito Federal ; Taguaparque, Planaltina, estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha, Setor Bancário Norte e Setor Comercial Sul (SCS) ; o Governo do Distrito Federal (GDF) contabilizou a presença de aproximadamente 1 milhão de foliões nos 54 blocos apoiados pelo GDF. Essa é a estimativa preliminar do Executivo local, que ainda não fechou os números. Em 2018, 750 mil pessoas pularam e brincaram no carnaval brasiliense. Em 2017, chegou-se a 1,5 milhão.

O secretário de Cultura, Adão Cândido, justificou que a disparidade no quantitativo de foliões repassado pela Polícia Militar durante os dias de folia e divulgado na tarde desta quarta-feira (6/3) se deve pela diferença na metodologia. "Mas são dados ainda iniciais. Os números serão consolidados até o fim da semana", informou.

O governo enfatizou que não houve nenhum homicídio nos eventos carnavalescos. Nos quatro dias de folia, no entanto, foram sete assassinatos, nove a menos dos 16 registrados no mesmo período de 2018.

Forças de segurança pública apreenderam 30 armas de fogo e mais de 150 armas brancas, entre elas facas. Policiais militares elaboraram 167 termos circunstanciados, prenderam 46 pessoas e apreenderam 79 adolescentes.

Durante o feriado, órgãos de segurança pública registraram, ainda, três estupros, sendo dois fora de eventos carnavalescos.

Mesmo com a coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (6/3) para informar o balanço de ocorrências durante o carnaval, o GDF informou que o número fechado será repassado até o fim da semana.

Em 2018, forças de segurança contabilizaram 437 ocorrências, sendo 51 roubos, uma tentativa de homicídio e uma tentativa de latrocínio. Houve, ainda, 10 casos de dano ao patrimônio público e 14 desacatos.

Trânsito e lixo

No trânsito, não houve nenhuma morte, assim como em 2018. No carnaval do ano passado, servidores do Departamento de Trânsito (Detran) flagraram 120 condutores sob efeito de álcool. Outros 1.549 foram multados por outros motivos.
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) recolheu 49.7 toneladas de lixo com o trabalho de 1.135 garis. Em 2018, foram 82 toneladas, ou seja, uma diminuição em torno de 40%

Efetivo

No total, 6,5 mil policiais garantiram a segurança dos foliões. Em 2018, o efetivo foi de 5,5 mil. As duas corporações, tanto a Polícia Civil, quanto a Militar, montaram uma estrutura no estacionamento da Torre de TV para atender a população.

A Polícia Civil também reforçou o efetivo em todas as delegacias, especialmente, na 5;DP (Área Central) e na 1; DP (Asa Sul), onde concentraram 75% dos eventos carnavalescos.

Vandalismo no transporte

No transporte público, 16 trens do metrô e 54 ônibus sofreram vandalismo, contra 26 e 58 no carnaval de 2018, respectivamente. O transporte público, como um todo, atendeu 380 mil passageiros, sendo 73 mil só no metrô. No ano passado, os trens levaram 290 mil passageiros nos quatro dias de folia.

Contudo, o governo admitiu que, na segunda-feira de carnaval (4/3), houve problema com o transporte, porque foi usada a escala do domingo, o que prejudicou trabalhadores e até foliões na ida e na volta para casa. Foram disponibilizados 150 ônibus na rodoviária na segunda-feira e 120 na terça.

Neste ano, para evitar mais quebradeira nos trens e nas estações, a companhia lançou a campanha "Hora de cair na folia! Só não vale quebrar o Metrô" para conscientizar os usuários sobre a necessidade de preservar o patrimônio público.

Uma das peças da campanha alertou que é crime o uso indevido do botão-soco ; dispositivo que só deve ser acionado em caso de extrema necessidade, pois a composição precisa parar para que o piloto verifique o que ocorreu.

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