Caroline Cintra
postado em 08/03/2019 10:47

A delegada-chefe da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), Jane Klebia, contou que a mulher encontrou a menina por volta das 22h de quarta-feira (6/3) para cobrar algo -- a polícia ainda investiga o que -- para a sobrinha dela. A suspeita teria usado uma faca para ameaçar e menor.
No caminho, o homem passou num carro verde e a mulher pediu carona e levou a vítima junto. Chegando a um ponto, o motorista parou o veículo e desceu com a mulher, deixando a adolescente trancada no interior do carro. Do lado de fora, a dupla teria acordado de o rapaz ter relação sexual com a vítima por R$ 30.
O autor voltou para dentro do carro e seguiu com a menina. A mulher, por sua vez, foi para casa. "Ele estuprou e machucou a menina. Ela tem 12 anos, mas tem aparência física de uma criança de 9 anos. Ela é magrinha, pequena, ao contrário do seu agressor que a forçou a ter relação com ele", disse a delegada.
Depois do crime, o homem voltou para a casa da suspeita e deixou a menina lá. Quando a adolescente voltava para casa, a pé, encontrou com a mãe no caminho. Ela estranhou que a filha estivesse usando a mesma roupa que colocou de manhã. Chegando em casa, a mulher percebeu que a calcinha da menina estava com sangue. Após ser pressionada, a garota acabou contando o que havia acontecido e apontou os autores.
A mãe da menina foi até a 6; DP e denunciou a dupla. Eles foram presos na manhã de quinta-feira (7/3) no Paranoá e encaminhados para a delegacia. O homem responderá por estupro de vulnerável e a mulher por exploração sexual de vulnerável. Caso sejam condenados, eles podem pagar pena de 5 a 15 anos e 4 a 10 anos de prisão, respectivamente.
"Pelo fato dela ter 12 anos, o homem não tem argumento para justificar o que fez. A lei diz que criança e adolescente de até 15 anos não tem consentimento válido para esse tipo de crime. E a menina foi contra o tempo inteiro. Esse caso foi horrível e a adolescente sofreu demais", afirmou a delegada.
Após registro do boletim de ocorrência, a adolescente foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML) onde passou pelo exame de corpo de delito. Depois foi levada ao Hospital Regional do Paranoá (HRPA) para tomar medicações indicadas para vítimas de estupro.