Cidades

VÍDEO: polícia investiga agressões contra mulher em prédio de Águas Claras

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (7/3) e vítima não quis prestar queixa. Após repercussão do caso, houve abertura de inquérito. Grupo foi convidado por morador

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 08/03/2019 21:10
Caso aconteceu na noite de quinta-feira (7/3), em Águas Claras. Polícia investiga o caso

A 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) investiga as agressões de um homem contra uma mulher, em um condomínio de Águas Claras Norte. O caso aconteceu na noite de quinta-feira (7/3), em uma piscina de uso coletivo das três torres do residencial, na Quadra 101 da Avenida das Castanheiras. A administração do local repudia a violência e garante que está à disposição das autoridades para auxiliar na elucidação do crime.

O vídeo (veja abaixo) mostra um grupo de convidados bebendo na piscina. O homem que aparece nas filmagens é primo de um morador, que vive no 4; andar do prédio há cerca de um ano. Ele discute com as duas mulheres e, em seguida, começa as agressões. A vítima levou ao menos duas cotoveladas no rosto.

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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada, mas as jovens decidiram não prestar queixa contra o agressor. "Elas não quiseram ir para a delegacia, e como não presenciamos as agressões, não pudemos intervir. Infelizmente, essa é a nossa lei", esclarece o major Michello Bueno, porta-voz da corporação.

A violência ocorreu às vésperas do Dia Internacional da Mulher (8/3) e só veio à tona após uma moradora expôr o vídeo na internet. Com a repercussão, agentes da 21; DP estiveram no edifício nesta sexta-feira (8/3) para investigar as agressões. A ação ocorreu após abertura de inquérito policial na unidade.

O Correio entrou em contato com o síndico do conjunto habitacional para entender melhor a situação, mas ele não quis se pronunciar. Apenas encaminhou uma nota lançada nesta sexta-feira (8/3) na circular interna do condomínio. O texto salienta que a administração do local repudia "qualquer ato de violência nas dependências do prédio e zela pela boa convivência de seus condôminos." Ainda, confirma que as providências foram tomadas conforme as normas do Regimento Interno.

"Os envolvidos eram convidados de um morador, que foi advertido anteriormente sobre o consumo de bebidas na piscina, regularmente proibido (...), com base na preservação da segurança e higiene ambiental. (...) O Condomínio coloca-se à disposição da polícia para apuração dos fatos, inclusive detém as imagens (da violência)."

Por fim, a nota ressalta que não há justificativa para a agressões e que a administração continuará tomando todas as atitudes que possam quebrar o ciclo de ódio e violência contra a mulher. O residencial tem três torres, com 10, 12 e 15 andares. Ao todo, são 268 apartamentos.

Histórico

Segundo um morador do condomínio, que não quis ser identificado, outros problemas já foram registrados envolvendo o morador em questão. Na situação, a reclamação dos vizinhos era devido ao som alto e gritaria após às 22h. Contudo, nenhuma ocorrência envolvia qualquer tipo de violência. Após a divulgação do vídeo, condôminos relataram histórias de ameaças realizadas pelo primo do inquilino, que é o acusado da agressão contra a mulher.

"Começamos a ouvir histórias que ele (o primo) fez ameaças a outros moradores e que seria uma pessoa violenta. Mas conversamos com a administração para ver o que será feito em relação a isso. Nos informaram que todas as histórias serão apuradas e encaminhadas à polícia, para que todas as atitudes legais sejam realizadas", explica o residente.

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