Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 08/03/2019 23:14
Quatro pessoas condenadas por utilizar a moeda virtual fictícia Kriptacoin para enganar investidores responderão por lavagem de dinheiro. O pedido para que os denunciados respondam pelo crime foi feito pelo Ministério Público do DF em recurso e aceito pela Justiça do DF.Os suspeitos foram alvos de denúncias na Operação Patrick, em setembro de 2017, por causa de um esquema de pirâmide financeira denominada Kriptacoin, com venda de moeda digital. Ao todo, o MP já fez três denúncias contra os envolvidos de participar do grupo criminoso.
A primeira condenação saiu em abril de 2018, quando os réus respondiam por crime contra a economia popular, ocultação de bens, falsidade ideológica e organização criminosa. Em julgamento de outra denúncia, a 8; Vara Criminal de Brasília desconsiderou o crime de lavagem de dinheiro.
A segunda denúncia incluia nove pessoas do grupo criminoso, como a esposa de um dos réus e moradores de outras unidades da federação. Na terceira ação, 11 envolvidos no esquema foram denunciados por pirâmide financeira.
Carros de luxo
Enquanto praticavam os crimes, os integrantes da organização criminosa ostentavam a vida luxuosa que possuiam. A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu 16 veículos de marcas como Ferrari, BMW, Mercedes-Benz, Audi e Land Rover na Operação Patrick.
Os veículos serão leiloados pelo TJDFT, com lances mínimos que variam de R$ 35 mil a R$ 750 mil. Os eventos de venda dos carros estão marcados para 28 de março e 2 de abril.
Uma aeronave e um helicóptero também foram apreendidos pela PCDF, mas não vão a leilão. Todo o dinheiro arrecadado, tanto na venda dos bens como nos leilões, será utilizado para ressarciar as vítimas do grupo criminoso.
(Com informações do MPDFT)