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Após boatos de um suposto atentado, escola libera alunos em Ceilândia

A Polícia Militar do Distrito Federal verificou a informação, mas concluiu que não havia nenhuma ameaça concreta.

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 20/03/2019 08:55
foto da PM em frente a uma escola
Após boatos de um suposto atentado, os alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 27, na QNR 01, em Ceilândia, foram dispensados para casa na manhã desta quarta-feira (20/3). A Polícia Militar do Distrito Federal verificou a informação, mas concluiu que não havia nenhuma ameaça concreta.
Mesmo depois da PM descartar qualquer atentado, muitos pais de alunos ficaram com medo e foram buscar os filhos. A diretoria da unidade de ensino avaliou que não haveria condições de dar continuidade às aulas e suspendeu as atividades do turno matutino. À tarde, a escola funcionará normalmente.
Uma aluna de 12 anos contou que a situação aconteceu um pouco antes do início da aula e metade da turma e os professores ainda estavam fora da sala de aula. Ela estava sentada na carteira quando um aluno passou gritando pedindo para todos pegaram a mochila e saírem da sala porque ia ter um massacre naquele momento.

"Todo mundo começou a correr. Tinha aluno passando por cima do outro. Professores e os funcionários da escola também correram. Todos ficaram com muita medo", relatou a estudante. Após correr ela ainda voltou para a sala de aula para procurar a amiga, que estava bem e logo foram para fora da escola.

A mãe da adolescente, 37 anos, não quis se identificar, contou que assim que soube do caso ficou com medo, "principalmente por causa de tudo que tem acontecido nos últimos dias em escolas". A fotógrafa ainda não conseguiu ir até a escola para ter mais informações.

"Pelo que soubemos as aulas voltam normalmente hoje a tarde. Agora estamos mais tranquilos porque sabemos que é boato, mas temo que ficar atentos. Já liguei na escola do meu filho hoje também para saber se estava tudo bem e estava", disse.

Ao Correio, a direção da escola afirmou que não teve nada além de boatos e que só souberam das suspeitas de ameaça hoje pela manhã. "Os pais chegaram aqui assustados querendo levar os alunos para casa e a gente não pode impedir. Mas dissemos que tudo não passou de boatos", reforçou um funcionário na escola.
Nas redes sociais, a escola publicou uma nota de esclarecimento aos pais e alunos. "A escola não recebeu nenhum tipo de ameaça e nem foi invadida em nenhum momento. Foram notícias falsas que se espalharam pela comunidade e que causaram desconforto e apreensão e, então, os pais optaram por levar seus filhos para casa", explicou a nota.

Nota

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) informou que a equipe gestora do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 27 de Ceilândia acionou a Polícia Militar para verificar uma suposta ameaça de ataque à escola. O boato circulou em redes sociais, mas ainda não se tem informações sobre a origem. Os policias fizeram uma busca rigorosa no local. Nada foi encontrado nas dependências da unidade.
E que na manhã desta quarta-feira (20), os estudante e os pais ficaram assustados. Os pais optaram por não deixar as crianças na escola. Por isso, não houve aula no turno da manhã. À tarde, as aulas serão normais. A aulas da manhã serão repostas em dia letivo móvel.

Outros casos

Outras duas escolas também receberam supostas ameaças de atentado nesta quarta-feira (20). Alunos do Centro de Ensino Médio 3 do Gama, teriam recebido, nas redes sociais, vídeos e mensagens informando o possível massacre. Mesmo com a quantidade de alunos reduzida, as aulas ocorrem normalmente.

Assim que soube das ameaças, a Secretaria de Educação acionou a Polícia Militar. De acordo com a pasta, os policiais fizeram uma busca rigorosa no local e nada foi encontrado nas dependências da unidade.

No início da manhã, no Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB) em Taguatinga Sul, a direção da escola, juntamente com os pais e a comunidade escolar, optaram por fazer revista na mochila dos alunos na entrada. Nada foi encontrado. Segundo a Secretaria de Educação, a polícia compareceu à unidade de ensino, mas, por conta da iniciativa da escola, não houve necessidade de fazer vistoria.

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