Cidades

"Falta gestão e força de vontade", diz distrital sobre saúde pública do DF

Para o deputado Jorge Vianna (Podemos), falta de orçamento não é o principal empecilho da saúde pública de Brasília

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 25/03/2019 15:10
Jorge Vianna é técnico em enfermagem e enfermeiro. Já trabalhou nos Hospitais Regionais do Paranoá e de Samambaia, e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
Deputado distrital pelo Podemos, Jorge Vianna foi o entrevistado desta segunda-feira (25/3) do programa CB.Poder ; parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília ;, e comentou sobre os desafios para se melhorar a saúde pública do Distrito Federal. Para que isso ocorra, segundo o parlamentar, a atenção primária deve ser ajustada imediatamente.

;A porta de entrada e o futuro da saúde é fazer a parte preventiva. Na gestão passada do GDF, a ideia de melhorar a saúde básica ficou só no papel. Portanto, a portaria que transformou os centros de saúde nas unidades básicas de saúde com equipes de estratégia de saúde da família deveria ser reformulada", disse Vianna. "Essas equipes precisam de uma retaguarda para que, quando baterem nas portas das casas dos pacientes, possam encaminhá-los ao centro de saúde que tenha o especialista que possa resolver a demanda daquele cidadão;, analisou.

Em janeiro deste ano, Vianna votou contra a expansão do Instituto Hospital de Base ; hoje Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IGESDF) ;, alegando não ter tido tempo suficiente para avaliar o modelo. Para ele, mesmo após um ano, o projeto ainda não deu mostras efetivas de ter melhorado a saúde pública no DF.

;Não tivemos essa confirmação. Ainda recebo muitas críticas de trabalhadores e da população. O fato de você mudar o regime, a forma de contratação e de compras não vai garantir melhora na saúde. Se a votação fosse hoje, eu continuaria sendo contra;, respondeu Vianna.


Segundo o distrital, a Secretaria de Saúde dispõe de um orçamento de R$ 8 bilhões atualmente, o que, na visão do parlamentar, é suficiente para resolver os problemas do setor, na opinião dele.
;O maior problema não é nem financeiro. Parte é de gestão e de força de vontade. Temos, por exemplo, um projeto para a construção de um Hospital do Câncer no DF, com orçamento dado pela bancada federal, mas parece que não há vontade do governo para fazê-lo. Enquanto isso, mortes evitáveis continuam acontecendo;, ponderou.

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