Cidades

Preso casal suspeito de matar filhos com injeção de insulina

Caso foi em 2017 e prisão preventiva foi expedida em fevereiro deste ano. Suspeitos simulavam doença de filhos para arrecadarem dinheiro

Gabriela Sales - Especial para o Correio
postado em 25/03/2019 21:42
Feto, criança, bebê, filho, gestação.A Polícia Civil prendeu, nesse domingo (24/3), o casal suspeito de matar dois filhos com injeção de insulina. Eles também respondem por tentativa de homicídio envolvendo outras duas crianças.

O caso somente foi descoberto depois que os suspeitos, de 27 e 34 anos, levaram um dos filhos para o hospital com suspeita de hiperinsulinismo congênito - uma disfunção no pâncreas, quando o órgão produz muita insulina. À época, os pais chegaram a fazer campanha em redes sociais pedindo ajuda para o tratamento dos filhos. Eles também acionaram a Justiça contra o Governo do Distrito Federal alegando falta de medicamento.

Desconfiado de que o paciente estava recebendo superdosagem de remédios, o médico da unidade de saúde na qual a criança estava em tratamento acionou a polícia. Após exames realizados no Instituto de Medicina Legal (IML) e na Universidade de Brasília (UnB), ficou constatado que os pais injetavam o medicamento nos filhos sem necessidade.

e o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A Polícia Civil encontrou uma seringa escondida nas partes íntimas da suspeita, quando ela ainda acompanhava um dos dois filhos internado devido a superdosagem de medicamento.

Segundo informações da Polícia Civil, o casal estava foragido desde fevereiro deste ano, quando foi decretada a prisão preventiva. A dupla, de acordo com a polícia, responde por dois homicídios consumados e duas tentativas de homicídio.

Agora, o casal está preso na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal.
Justificativa

Em entrevista ao Correio, em outubro de 2017, o pai chegou a confirmar que as injeções de insulina foram dadas ao filho, porém disse que a mulher estaria em um momento de desespero e em estado de depressão. A mãe também alegou problemas mentais.

O pai lamentou a morte dos filhos e disse que nem ele, nem a mulher haviam premeditado a morte dos filhos e que eles haviam sido vítimas da doença.

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