Cidades

Justiça concede liberdade para suspeitos de fraude em licitação em Formosa

Além disso, dois empresários e um engenheiro são acusados de falsidade ideológica e uso de documentos falsos

Gabriela Sales - Especial para o Correio
postado em 27/03/2019 21:03
O MP investigava a existência de uma organização criminosa que praticava fraude em licitações, falsidade ideológica e uso de documentos falsos O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu, nesta quarta-feira (27/3), em caráter liminar, habeas corpus aos empresários Luiz Gontijo de Sousa e Vanessa Maris Araújo Fernandes e ao engenheiro João Batista Martins Furtado. Eles são suspeitos de participarem de uma organização criminosa envolvida em fraude em licitações, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Os crimes teriam sido praticados em Formosa, município goiano distante 79km do DF. Os desembargadores ainda julgarão o mérito da ação para saber se os investigados permanecerão em liberdade.

Apenas o engenheiro João Furtado estava preso deste a última sexta-feira (22/3), quando a Operação Demóstenes foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, responsável pelas investigações. Os empresários não se apresentaram à polícia.

Para o advogado Nilson Ribeiro Júnior, que representa os suspeitos, os pedidos de prisão foram arbitrários. "Houve algumas irregularidades nos pedidos de prisão; por isso, conseguimos a liminar. Agora, aguardamos o julgamento do mérito", explica.

O promotor da Defesa do Patrimônio Público, Douglas Chegury, disse que a manutenção das prisões preventivas são necessárias para o andamento das investigações. "Foram praticados crimes muito graves e que prejudicam a coletividade. Vamos aguardar o julgamento do mérito para definir os próximos passo", afirma.

Além das prisões, a promotoria decretou o bloqueio de R$ 5 milhões dos réus como forma de assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos municipais. Caso sejam condenados, os suspeitos podem cumprir penas de mais de 20 anos de prisão.

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