Policiais do 8; Batalhão da Polícia Militar (8; BPM) prenderam um homem com crachá e uniforme de motorista de ônibus com identificação que não condizia com a documentação dele. O caso aconteceu na tarde desta quinta-feira (28/3), no centro de Ceilândia.
Os militares perceberam que os nomes do RG e do crachá eram diferentes e encaminharam o rapaz à 15; Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). Ele alegou que utilizava o uniforme para andar gratuitamente nos ônibus da cidade, durante três meses.
O principal motivo do deslocamento, de acordo com o homem, era entregar currículos no Plano Piloto, pois está desempregado. Ele contou que comprou os itens por R$ 100, na Feira do Rolo, no Setor O.
Agora, vai responder por estelionato, podendo cumprir pena de um a quatro anos de prisão, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo. A delegacia averiguou o caso e descobriu que o crachá e a camisa foram roubados. Por isso, o suspeito pode ainda responder por receptação.
O diretor executivo da Urbi, Lucas Santos, lamenta a existência de um "sistema de comércio ilegal de uniformes falsificados". A empresa identificou a situação em 2014 e chegou a denunciar anúncios de venda desses itens pela internet, mas o problema persiste.
"Nosso acordo coletivo prevê três substituições de uniformes por ano. Em 2015, exigimos que os funcionários os devolvessem antes de pegar o novo, mas ainda há fábricas (que produzem as vestes) e, pelo fato de os embarques ocorrerem pela porta traseira, algumas pessoas cometem esse crime", comentou Lucas.