Cidades

Campanha "DF usa máscaras" pede doações para profissionais

Campanha foi criada pela Associações dos membros do Ministério Público do DF (AMPDFT) e do Ministério Público Federal (ANPR)

Fernanda Strickland*
postado em 06/04/2019 20:00
Campanha foi criada pela Associações dos membros do Ministério Público do DF (AMPDFT) e do Ministério Público Federal (ANPR)Nova campanha no DF busca incentivar o uso de máscaras e arrecadar os equipamentos de proteção individual para doá-los a quem mais precisa, tudo com o objetivo de evitar contaminações pelo coronavírus. Chamada DF usa máscaras, é uma iniciativa da Associação dos Membros do Ministério Público do DF (AMPDFT) e do Ministério Público Federal (ANPR).

Segundo a coordenadora da campanha pelo MPDFT, a Promotora Denise Sankievicz, essa é uma ação essencial para o momento de combate à pandemia da Covid-19. ;Pensamos inicialmente em proteger quem está nas ruas por nós e, ao mesmo tempo, dar proteção àqueles que terão contato com esses profissionais, já que a máscara tem esse duplo papel;, justifica.

A iniciativa já começa a apresentar resultados. Em poucos dias o grupo mobilizou uma rede com mais de 100 pessoas para produzir o primeiro lote de máscaras. Os promotores e procuradores envolvidos elegeram como primeira meta produzir 36 mil máscaras para policiais militares e outros profissionais que precisam estar nas ruas. O desafio maior neste momento é a falta de recursos para custear esse primeiro lote e os próximos que virão.

De acordo com a procuradora Márcia Noll, coordenadora pelo MPF, o objetivo é abastecer e motivar a população em geral: "Acredito que, no curto e médio prazos, poderíamos pensar em voltar a trabalhar desde que mais disciplinados a nos proteger, sem medo de uma segunda onda".

As autoridades engajadas também defendem que essa campanha passe ao largo de discussões sobre a modalidade e a extensão do isolamento social que teremos nas próximas semanas e meses. "Como quer que seja o tipo de isolamento que se adote, as máscaras pessoais e laváveis, disponíveis para toda a população, seriam uma forma de proteção para todos;, informa Márcia.

Tania Bernardes de souza começou a fazer as máscaras de pano para vender. ;A princípio para proteger sua filha, mas por conta da quarentena fiquei sem trabalhar. Então a ideia de fazer uma renda extra surgiu; explica. Ela trabalha com tecidos que já tem em casa, a única coisa que precisou comprar foi o elástico.

A aposentada Patrícia Barros, 73 anos, moradora do Gama - DF, já havia começado a se prevenir. Começou a usar uma bandana como máscara quando fosse sair na rua. ;Influenciada pelas reportagens que sugerem adaptar toalha de papel e tecidos como máscaras de proteção, lembrei da bandana da minha neta que estava sem uso. Além disso, faço sigo todas as recomendações dadas pelo ministério da saúde; explica.

Muitos países que adotaram o uso contínuo da máscara, considerando que elas ajudarão a conter a doença. É o exemplo de alguns países que tiveram bons resultados com essa abordagem. Como a República Tcheca que obrigou todos a usarem máscaras em espaços públicos e a Áustria copiou. Já no Oriente os países que adaptou foram Taiwan, Japão, Coreia do Sul, Singapura e China.

O maior desafio da campanha neste momento é a falta de recursos para custear esse primeiro lote e os próximos que virão. Por isto estão recebendo doações.


Outras Campanhas

[SAIBAMAIS]No Rio de Janeiro um grupo de amigos se reuniu para lançar a campanha dominada "Máscaras pela vida", na qual tem o objetivo de arrecadar recursos financeiros e ou materiais para a confecção de máscaras para serem distribuídas em comunidades do Rio.

Em Grande Vitoria - ES um grupo de empresárias se juntaram e lançaram a campanha ;Máscaras para todos;. O intuito é produzir máscaras para comunidades carentes da região.

* Estagiária sob a supervisão de Mariana Niederauer

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