Walder Galvão
postado em 09/04/2019 13:49
Um dos maiores cronistas e escritores de Brasília, Márcio Cotrim recebe as últimas homenagens na manhã desta terça-feira (9/4). Dezenas de amigos e familiares se reúnem na Capela 6, do Cemitério Campo da Esperança (Asa Sul). A cerimônia começou às 11h e o sepultamento ocorreu às 16h.
A filha dele, a servidora pública Mônica Cotrim Chaves, 49, destaca que o pai era apaixonado pelo Distrito Federal e que sempre buscava demonstrar o amor dele pela capital. "Ele tinha muita paixão. Gostava muito de ficar em casa e escrever, sabia falar sobre tudo e ainda era sempre muito animado", lembra.
Aos 80 anos, Márcio Cotrim deixa legado de luta pela cultura da capital. Suas ideias foram eternizadas nas páginas do Correio Braziliense. Em 1992, ele entrou para o grupo Diários Associados e passou por cargos como diretor de marketing e depois diretor-executivo da Fundação Assis Chateaubriand. Amante da língua portuguesa, ele também publicou livros e incontáveis artigos para o jornal.
[SAIBAMAIS] A cerimônia foi marcada por relatos de histórias divididas com Cotrim. As pessas citam os grandes feitos dele na história de Brasília e da mensagem que deixou para a cidade. Muitos o definem como intelectual e garantem que ele era capaz de falar sobre qualquer assunto.
Amigo de Cotrim, o sociólogo Ricardo Pires, 70, destacou os grandes feitos do colega para a cidade. "Ele foi o responsável pela criação das primeiras prefeituras das superquadras do Plano Piloto. No início da capital, não tinhamos órgãos como as administrações regionais e ele pensou em uma maneira de resolvermos problemas pontuais", lembra. Para ele, restará saudades a todos que conheceram Cotrim.
Autoridades como o ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) e o empresário Paulo Octávio compareceram para prestar as últimas homenagens a Cotrim. Eles também ressaltaram a importância e o legado que ele deixou a Brasília.
Às 15h30, o corpo de Cotrim saiu para cortejo e foi sepultado por volta das 16h. Muitos se emocionaram durante o trajeto, mas não cansavam de comentar sobre as dezenas de histórias que o homem deixou de legado para Brasília.