Cidades

Polícia investiga se motorista de aplicativo estuprou a companheira

Para escapar do agressor, a mulher fingiu um mal-estar e se trancou no banheiro de uma farmácia e pediu ajuda aos funcionários do estabelecimento

Adriana Bernardes
postado em 15/04/2019 10:51
Mulher faz sinal de para com a mão para mão gigante, de punho cerrado, à sua frente
Os investigadores da 30; Delegacia de Polícia (São Sebastião) apuram se, além de bater e ameaçar de morte a companheira, Pedro *, um motorista de aplicativo de transporte de passageiros, de 36 anos, também a estuprou. O caso de violência doméstica chegou ao conhecimento das autoridades por volta das 16h de domingo (14/4). Melissa*, 27, precisou fingir ter perdoado as agressões do companheiro, que não aceita o fim do relacionamento, para conseguir pedir ajuda.
Em depoimento, a jovem explicou que decidiu sair de casa. E voltou na residência, na manhã de domingo (14/4), apenas para buscar os pertences. Foi neste momento que as agressões começaram. "Ele disse que a deixaria amarrada e, após voltar do trabalho, a mataria", detalhou a delegada plantonista, Anelise Mariano.
A jovem convenceu Pedro de que o tinha perdoado. E o convidou para almoçar. No meio do caminho, fingiu passar mal, entrou numa farmácia e pediu socorro para os funcinários do estabelecimento. "Ela se trancou no banheiro com funcionários e enquanto alguém ligava para a polícia. Ele deve ter desconfiado da demora e fugiu. Acabou preso no início da noite", conta a delegada.
Durante a apuração do caso, os investigadores encontraram um mandado de prisão em aberto contra Pedro, por violência doméstica, praticada contra Melissa. Ele ficou preso em flagrante, tanto pela nova agressão quanto pelo cumprimento do mandado pendente.

Está em investigação se Pedro também estuprou Melissa. O indiciamento continua em aberto a espera do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), que vai comprovar ou descartar a violência sexual.

Outros casos
Nesse fim de semana, Luana Bezerra da Silva, 28 anos, foi assassinada a golpes de faca. O suspeito é o companheiro dela, Luiz Filipe Alves de Sousa, 20, que está foragido. O crime aconteceu na cada onde eles viviam, em Sobradinho. Ela estava grávida de 3 meses e foi morta na frente das duas filhas.

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