Cidades

Morador do Sudoeste é preso em flagrante por tráfico em festa de luxo

O alvo da operação da Polícia Civil era monitorado há um mês e, ao ser detido, estava com entorpecentes estimulantes e cerca de R$ 2 mil em espécie

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 22/04/2019 17:54
Além das drogas, a PCDF apreendeu R$ 2 mil em espécie com o alvo da investigação
Três homens estão presos após serem flagrados traficando drogas durante uma festa de luxo na Torre de TV Digital, que ocorreu entre a noite de sábado (20/4) e a madrugada de domingo (21). Um suspeito de 46 anos era investigado pela 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) há um mês. Os demais envolvidos no crime, de 38 e 36 anos, foram descobertos no evento. A ação contou com ajuda de agentes do Departamento de Operações Especiais (DOE), também da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Segundo a delegada Bruna Eiras, cartorária da 1; DP, o homem mais velho é morador do Sudoeste e foi identificado como traficante em meio às operações de carnaval. Desde então, agentes da delegacia focaram no acusado. "À época, recebemos uma denúncia anônima sobre o suspeito, que traficava drogas caras no Plano Piloto. Ele também fornecia os entorpecentes para adolescentes", afirma.
A partir disso, ele começou a ser monitorado. Na última semana, ainda conforme a delegada, chegou a informação de que ele estaria traficando nessa festa de luxo. Os primeiros ingressos para o evento saíam de R$ 800 a R$ 1 mil ; entrada e open bar de bebidas alcoólicas e comidas. De acordo com a PCDF, o público estimado era de 7 mil pessoas.
"É um evento conhecido pelo país como uma festa frequentada por pessoas de alto nível aquisitivo. Percebe-se isso a partir do valor de entrada. Então, acaba que pessoas de outros estados chegam a Brasília apenas para participar do evento. Enquanto monitoramos o morador do Sudoeste, vimos outros dois homens também fornecendo drogas aos presentes", delimita Bruna Eiras.
O acusado de 36 anos é de Porto Alegre (RS) e veio aproveitar a festa. A PCDF flagrou o homem realizando a venda ilegal de entorpecentes. No total, agentes da 1; DP apreenderam mais de 17 comprimidos de ecstasy, MDMA e cristais. Havia ainda ecstasy líquido, cocaína e maconha. O alvo tinha cerca de R$ 2 mil em espécie no bolso.
"Como era uma festa open bar, não tinha motivo nenhum de levar tanto dinheiro. Mesmo com todas as evidências, incluindo imagens, todos os três envolvidos negaram a venda dos entorpecentes", afirma a delegada cartorária.
O trio está detido na carceragem da PCDF, após ser autuado pelo crime de tráfico de drogas. Se condenados, podem pegar de 5 a 15 anos de prisão. Para a delegada Bruna Eiras, é importante este tipo de operação para coibir a prática dessas ações criminosas dentro de casas de festas, pois os eventos se tornam "zona franca para o uso e venda de drogas".
"A intenção da polícia é coibir esse tipo de tráfico de drogas, que está sendo realizado habitualmente neste tipo de festa. Isso ocorre porque, após a barreira da segurança do evento, os criminosos se sentem livres para realizar essas ações, como se pudessem sair impunes. Nosso objetivo é mostrar que não, que ninguém está acima da lei", acrescenta a delegada.
O contato da organização da festa disponível on-line não atende. O reportagem tenta encontrar os organizadores para esclarecimentos sobre o esquema de segurança do evento.

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