Cidades

Polícia Civil prende líder de grilagem de terra no Distrito Federal

Um dos suspeitos responde, ainda, por crimes graves, como homicídio, tráfico de drogas e roubo, praticados em Minas Gerais e Goiás

Patrícia Nadir - Especial para o Correio
postado em 26/04/2019 11:40
De acordo com a Polícia Civil, até momento, 15 líderes de quadrilhas especializadas em venda irregular de terra foram detido em 2019
Policiais Civis prenderam cinco pessoas e realizaram um mandado de busca e apreensão por grilagem de terras, durante a Operação Grito da Terra, na tarde desta quinta-feira (25/4), em São Sebastião. Os suspeitos são membros de uma quadrilha especializada no crime de extorsão, parcelamento irregular de terra e ameaça.

Um homem de 49 anos apontado pelos investigadores como um dos principais líderes de grilarem de terra no Distrito Federal está entre os presos. Ele possui, pelo menos, quarenta registros polícias relacionados a disputa de solo público. As investigações mostraram que trata-se de um criminoso violento, com envolvimento em homicídios, roubos e ameaças. Além do DF, o homem também agia em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás.
O grupo alvo da operação é investigado há cerca de um mês. A Polícia Civil acredita que, além dos cinco presos, a quadrilha conta com pelo menos mais quatro integrantes. Os policiais chegaram até os criminosos após denúncias de cobranças de mensalidades ilegais de barracos na região do Pinheiral.
;A especialização deles não era tanto parcelamento irregular. Eles agiam mais extorquindo os moradores. Cobravam mensalidades que chegavam a R$100 por se dizerem donos da terra, que, na verdade, são propriedade pública;, detalha a delegada Mariana Almeida, chefe-adjunta da Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema).

Relação de pai

Segundo os investigates, as quatro pessoas presas com o líder mantinham uma relação de adoração com o homem. ;O perfil deles era de jovens, na faixa dos vinte anos, que, inclusive, chamavam o chefe de pai, embora não fossem realmente filhos dele;, detalha a delegada. Todos tinham antecedentes criminais.

Com a prisão do grupo, a polícia espera que mais vítimas dos acusados registrem ocorrências. Além de extorquirem os moradores, os criminais os aterrorizam falando que iam colocar fogo nos barracos, caso as pessoas não seguissem as regras. Durante as prisões, os agentes aprenderam uma moto roubada.

Desde janeiro deste ano, a DEMA vem realizando diversas operações com o intuito de coibir o crime de grilarem de terra na capital federal. De acordo com a Polícia Civil, até momento, 15 líderes de quadrilhas especializadas em venda irregular de terra foram detidos

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