Darcianne Diogo*
postado em 30/04/2019 17:57
Um pastor de 52 anos foi preso na Cidade Ocidental (GO) acusado de estuprar, durante cinco anos, uma criança de 10 anos. Segundo o delegado da Delegacia de Polícia da Cidade Ocidental, Daniel Marcelino, a mãe procurou a unidade policial em 24 de abril, com a filha, para denunciar o homem. Ao chegar ao local, a vítima passou por exame no Instituto Médico Legal (IML) e os laudos comprovaram a agressão. A prisão ocorreu na noite dessa segunda-feira (29/4). De acordo com as investigações da operação, batizada de Anjo Mau, o homem frequentava a mesma igreja da mãe da vítima e se aproveitou da baixa condição financeira dela para praticar o crime. ;Ele oferecia lanches, almoço e até dinheiro, e foi ganhando a confiança da mulher, tanto que até a cópia das chaves da casa dela ele tinha;, ressaltou o delegado.
A mãe, que tem outros dois filhos, trabalhava como diarista no Plano Piloto e não tinha com quem deixar as crianças durante o horário de trabalho. ;Além de ter relações sexuais, ele obrigava a menina a fazer sexo oral nele.;
O suspeito é casado e tem dois filhos. Em uma das ocasiões, o investigado chegou a falar para a criança que ia terminar o casamento para ficar com ela.
Durante o depoimento, a vítima relatou que recebeu um celular de presente do homem e as ligações feitas por ele eram frequentes. Desconfiada, a mãe percebeu que o pastor estava tendo ciúme excessivo da filha e procurou a unidade policial.
Com base nas investigações, a polícia decretou o mandado de prisão preventiva. O suspeito foi preso quando chegava em casa. No interrogatório, ele confessou o crime. ;A todo momento ele dizia que a criança se insinuava e fazia movimentos eróticos para atraí-lo;, acrescentou o delegado.
O pastor foi encaminhado para o Presídio da Cidade Ocidental e será indiciado por estupro de vulnerável, podendo pegar entre 7 e 15 anos de prisão. A polícia trabalha com a hipótese de o homem ter estuprado outras seis vítimas e investigará o caso.
Em nota, a igreja da qual o pastor fazia parte - que não terá o nome divulgado para preservar a identidade da vítima - informou que vai promover uma assembleia extraordinária com diretores para discutir o caso.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer