Gabriela Sales - Especial para o Correio
postado em 30/04/2019 22:37
Após 11 anos que animais que estavam vivendo em condições degradantes, os 22 animais resgatados do grupo Le Cirque deverão permanecer nos locais onde estão abrigados. A decisão é em caráter liminar e o mérito ainda será julgado pela Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal. A decisão ainda cabe recurso. Os animais haviam sido recolhidos em 2008, após denúncias de maus-tratos. A ação havia sido impetrada em Brasília pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde o circo estava instalado à época.
Na decisão, o juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros determinou que os animais "deverão permanecer onde estão atualmente". Na decisão, o magistrado destaca que os bichos "estavam em situação de evidente maus-tratos, com saúde abalada e vivendo em condições insalubres" quando foram resgatados.
A defesa do ;Le Cirque; informou que só vai se pronunciar depois de analisar a decisão, no qual ainda não teve acesso.
Relembre o caso
Os bichos foram apreendidos em agosto de 2008 em estradas e em uma chácara, em Mato Grosso do Sul. O Ibama, após conseguir autorização judicial, encaminhou 22 animais para o Zoológico de Brasília.
Eram quatro elefantes, um hipopótamo, duas lhamas, duas girafas, dois camelos, uma zebra e dez pôneis. Após uma viagem de mais de mil quilômetros, que durou dois dias, um dos pôneis morreu.
A ação que deu causa à apreensão foi impetrada pelo Ibama, que após receber uma denúncia feita pela ONG ProAnima (Associação Protetora dos Animais), constatou as condições de maus-tratos após uma vistoria no local onde o Le Cirque estava instalado à época.