Cidades

No dia em que completam 11 meses, gêmeas siamesas mostram ótima recuperação

Enquanto Lis já respira sem aparelhos e ensaia os primeiros movimentos, Mel se mostra mais reativa, segundo os médicos

Hellen Leite
postado em 01/05/2019 15:05
Gêmeas Lis e Mel
No dia em que completam 11 meses, nesta terça-feira (1;/5), as gêmeas siamesas brasilienses Lis e Mel, que nasceram unidas pela cabeça, continuam internadas e mostrando ótima recuperação da delicada cirurgia de separação, realizada no último sábado (27/4).

Após surpreender a equipe médica e acordar antes do previsto, na segunda-feira, Lis já respira sem aparelhos e até ensaiou os primeiros movimentos independentes da irmã, apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Por isso, foi descrita como "mais sapeca" pela equipe.

Mel, por usa vez, continua entubada e sedada para permitir a melhor recuperação do cérebro, mas a evolução dela também é muito positiva. "Examinei a Mel. Ela está muito melhor e mais reativa", afirmou Márcio Marcelino, neurocirurgião.
[FOTO1375709]

Além dos profissionais do Hospital da Criança de Brasília, onde as meninas foram operadas e estão internadas, os pais, Camilla e Rodrigo, não desgrudam os olhos das gêmeas. O sentimento, conta a mãe ao Correio, é de fé e agradecimento: "Agradeço pelos pensamentos positivos e orações. Têm sido muito importantes essas vibrações para nós".

Abraços e troca de chupeta

Se tudo continuar ocorrendo como previsto, Lis e Mel devem deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em duas semanas. Há grande expectativa para saber como elas vão reagir e se relacionar após a separação. Quando ainda estavam unidas pela cabeça, as meninas costumavam dormir abraçadas e brincavam de trocar a chupeta uma da outra.
[FOTO1375640]

Depois da fase inicial de cuidados intensivos, os médicos se dedicarão às cirurgias plásticas para reconstrução óssea e do couro cabeludo das crianças, além de ajudar o desenvolvimento postural e motor das meninas.

Outro foco da equipe é com o cérebro das gêmeas. Embora a possibilidade seja considerada remota, a equipe vai avaliar se a cirurgia deixou algum tipo de sequela neurológica. "Pode ser que elas tenham um desenvolvimento mais lento, e, se houver alguma sequela será quase imperceptível", explica o chefe da equipe de Enfermagem do Hospital da Criança, Carlos Eduardo da Silva.
[VIDEO1]

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação