Alan Rios
postado em 03/05/2019 14:41
A Polícia Civil prendeu um homem que é considerado líder de organização criminosa que faturou R$ 800 mil em fraudes online. Conhecido como "Morfeu", ele foi apontado pelas investigações como o cabeça de um esquema que criava sites de bancos falsos para obter senhas de vítimas e realizar transferências e compras.
Morfeu foi preso na última quinta-feira (2/5), durante a segunda fase da Operação Aroeira. "A investigação foi iniciada no dia 5 de abril, quando nós efetuamos prisões e buscas e apreensões. Com esse material e com os depoimentos, identificamos o mentor da fraude e conseguimos a prisão recente", explicou Letízia de Lourenço, delegada-adjunta da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
O crime era bem estruturado. Os alvos da operação criavam páginas da internet que simulavam sites oficiais de diversos bancos. Com isso, enviavam o link dessas áreas por SMS às vítimas e as induziam a inserir dados como a senha de acesso da conta. "Então essas informações eram captadas, eles acessavam as contas através do internet banking e faziam transferências. Isso gerou uma grande rede", disse Letízia.
Em abril, cinco pessoas foram detidas preventivamente. Nesta segunda fase, foram mais três prisões, incluindo a de Morfeu. Para não serem encontrados, os mentores utilizavam laranjas que recebiam os valores das fraudes em suas contas, ficavam com pequenas porcentagens e entregavam o montante aos líderes. Com as novas provas, outras pessoas podem ser detidas.
Os alvos foram indiciados por organização criminosa, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro. A recomendação dos agentes é de que todo cliente verifique se a página que está acessando informações bancárias é oficial. Para isso, existem mecanismos de verificação online, como um cadeado ao lado do link de cada página que fornece informações sobre a segurança.