Cidades

Ex-PM que matou Jéssyka tem pena ampliada para 26 anos de prisão

O ex-policial militar Ronan Menezes Rego foi condenado, inicialmente, a 21 anos e nove meses de prisão. Com a nova decisão, ele pode ficar 26 anos e 4 meses na cadeia pelo feminicídio de Jéssyka Laynara

Alan Rios
postado em 10/05/2019 14:29
Duas semanas antes de ser assassinada, Jéssyka enviou a uma amiga, mensagem de áudio e fotos de uma agressão cometida por Ronan
A Justiça do Distrito Federal acatou pedido do Ministério Público e aumentou a condenação do ex-policial militar Ronan Menezes Rego, 28 anos, condenado pelo feminicídio de Jéssyka Laynara, 25. O julgamento aconteceu em 30 de abril e a sentença foi de 21 anos e nove meses de prisão. Com a nova decisão, ele pode ficar 26 anos e 4 meses na cadeia.

A ampliação da pena ocorreu na quarta-feira (8/5) e foi divulgada apenas hoje (10/5). O réu ainda pode recorrer. Além do assassinato da vítima, Ronan foi julgado pelos crimes de ameaça contra a estudante e tentativa de homicídio praticada contra o professor de educação física Pedro Henrique da Silva Torres, 29.

Durante o julgamento, o ex-PM confessou o crime: "Eu sei o que eu fiz. Foi um momento de loucura. Se eu tivesse parado para pensar, jamais tinha feito". Ele também afirmou ter atirado três vezes contra Pedro Henrique. Ambos os crimes aconteceram no Setor O, no dia 4 de maio de 2018. O réu tentou justificar os disparos alegando um caso da ex-namorada, Jessyka, com o professor de educação física.

No entendimento do Ministério Público, "as provas indicam que Pedro e Jéssyka tiveram uma conversa. E não que o professor mandou uma série de mensagens", como destacou no dia do julgamento o promotor Tiago Fonsêca Moniz, desmentindo a declaração de Ronan de que as duas vítimas se comunicavam com frequência. Outro ponto lembrado pelo MP com o pedido de aumento da pena foi a crueldade do crime cometido na frente da avó de Jéssyka.

Memória

A estudante morreu após ser executada com cinco tiros dentro de casa, no Setor O, na frente da avó dela e de um dos irmãos. Ronan Menezes não aceitava o fim do relacionamento. Depois de cometer as barbáries, Ronan fugiu e acabou preso na noite de 4 de maio de 2018, quando se entregou em um Batalhão de Polícia Militar de Ceilândia, onde ele trabalhava como policial. Agentes da 24; Delegacia de Polícia (Setor O) o detiveram em flagrante.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação