Cidades

DF registra quase dois mil novos casos de dengue em uma semana

Dez pessoas morreram pela doença e 21 casos graves foram registrados. Cinco mortes estão em investigação

Mariana Machado
postado em 13/05/2019 19:08
Lente de aumento sobre o mosquito da dengue.Em uma semana, mais 1.998 notificações de dengue foram feitas no Distrito Federal. O último boletim da doença divulgado pela Secretaria de Saúde mostra que 14.436 casos da doença foram notificados até 27 de abril, dos quais 12.905 (92,1%) são prováveis, ou seja, 416,12 ocorrências a cada 100 mil habitantes. O número de óbitos não aumentou. Até o fim do mês passado, 10 pessoas morreram em decorrência da enfermidade.
Segundo a pasta, a cidade com mais registros foi o Itapoã, com incidência de 1.828,21 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida está o Paranoá, com 1.411,10 registros/100 mil habitantes e Fercal, com 1.285,96 ocorrências/100 mil habitantes. A secretaria avalia as incidências nessas regiões, assim como Varjão, Brazlândia e Candangolândia como expressivas, e preocupantes nas cidades Riacho Fundo 1, Núcleo Bandeirante, Sobradinho 2, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas, Cidade Estrutural e Sobradinho.
Além dos óbitos, estão registrados 21 casos graves e 209 com sinais de alarme. Cinco mortes estão sendo investigadas. No mesmo período do ano passado, houve apenas uma morte e dois casos graves.

Outras doenças

Além da dengue, febre amarela, febre chikungunya e zika têm o mesmo agente transmissor: o mosquito Aedes aegypti. No DF, até 27 de abril, 197 casos de febre chikungunya foram notificados e 11 confirmados. A secretaria confirmou a morte de um morador da Asa Sul. Também até o fim do mês passado, a pasta registra 106 casos prováveis de zika e 72 suspeitos de febre amarelo. Quarenta e seis foram descartados e 26 estão em investigação.

Definições
A Secretaria de Saúde e o Ministério da Saúde apresentam as seguintes definições de casos suspeitos:

Dengue: Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha presença de Aedes aegypti que apresenta febre, usualmente entre dois e sete dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas, vômitos, exantema, mialgias, artralgia, cefaleia, dor retroorbital, petéquias ou prova do laço positiva e leucopenia.
Chikungunya: febre de início súbito e artralgia ou artrite intensa com início agudo, não explicado por outras condições, que resida ou tenha viajado para áreas endêmicas ou epidêmicas até 14 dias antes do início dos sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com um caso importado confirmado.
Zika: Pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: febre, hiperemia conjuntival sem secreção e prurido, poliartralgia, edema periarticular.
Febre amarela: Indivíduo com quadro febril agudo (até sete dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente em (ou procedente de) área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootia confirmada em primatas não humanos (PNH) ou isolamento de vírus em mosquitos vetores, nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação