Sarah Peres
postado em 14/05/2019 08:40
Seis homens estão presos acusados de roubarem motoristas de aplicativos. Agentes da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumprem os mandados expedidos pela Justiça desde às 6h desta terça-feira (14/5). Dois suspeitos ainda não foram encontrados pelos policiais, que continuam em diligências. As ações aconteceram em Samambaia Sul e Norte, Taguatinga, Guará e Sobradinho.
De acordo com o delegado André Leite, os detidos têm entre 20 e 22 anos, e não são uma quadrilha especializada no crime. Contudo, são indicados como autores de ao menos 15 assaltos pelo Distrito Federal. ;Notamos que o roubo contra estes motoristas teve um aumento significativo desde o início do ano. Um dos motivos destas ações é a facilidade, uma vez que a vítima vai até os criminosos;, destaca o chefe da Corpatri.
A apuração da divisão especializada indica que os homens solicitavam as corridas pelos aplicativos. Durante as viagens, anunciavam o assalto, utilizando armas de fogo ou facas. O motorista era rendido, tinha o veículo tomado e, depois, era deixado em locais ermos, como às margens da BR-060 ou áreas de matagal de Samambaia.
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De acordo com o coordenador, o objetivo era ;dificultar o socorro imediato da vítima e conseguir tempo de fuga para os criminosos, para que não ocorresse a prisão em flagrante.; A maior parte das ocorrências aconteceram em três cidades: Samambaia, Taguatinga e Sobradinho.
;Eles agiam de forma contumaz e em grupos de três a quatro pessoas. Alguns dos presos nesta fase da operação já agiam juntos, mas não se configurou uma associação criminosa. Também identificamos a participação de adolescentes, o que repassamos para apuração da Delegacia da Criança e do Adolescente;, afirma André Leite.
Esta é a primeira fase da Operação Tamboril, mas as investigações acerca do assalto de motoristas de aplicativo continuam. Outras ocorrências na Corpatri apontam para a atuação de criminosos mais violentos. ;Há caso em que o condutor chegou a ser espancado, amarrado e jogado para fora do carro. Isso mostra uma fragilidade e a insegurança a qual estes profissionais estão expostos;, salienta.
Destino dos carros
O delegado André Leite menciona uma segunda investigação acerca destes assaltantes. Após o roubo dos carros, os veículos eram utilizados para outros crimes, os quais são apurados pela Corpatri.
;Na operação de hoje (14), não tivemos nenhum carro recuperado. No entanto, isso ocorre porque, depois dos assaltos, estes criminosos não ficam com os automóveis. Eles podem ser clonados e utilizados para outros delitos, assim como também são revendidos. São inúmeras possibilidades, as quais não passam despercebidas pela investigação;, acrescenta.