Jornal Correio Braziliense

Cidades

Polícia muda investigação de crime tratado como suicídio para feminicídio

Vítima era servidora da Secretaria de Educação e foi encontrada morta em casa, em Taguatinga. Se confirmado, esse pode ser o 14º feminicídio registrado desde o início do ano até agora

A Polícia Civil mudou a linha de investigação de um crime inicialmente tratado como suicídio para feminicídio. Em 29 de março, uma servidora pública aposentada da Secretaria de Educação, de 68 anos, foi encontrada morta, em casa, em Taguatinga Norte, com um cabo de USB enrolado no pescoço e uma sacola plástica na cabeça. Mas, há cerca de 20 dias, investigadores da 17; Delegacia de Polícia (Taguatinga) descobriram que a vítima estava se relacionando com um rapaz mais jovem. Ele é considerado suspeito.

A investigação demonstrou que o casal se conheceu em um site de relacionamento virtual e começou a marcar encontros na casa da vítima sem que a família da mulher soubesse. Depois da morte, familiares conseguiram acessar as mensagens trocadas pela aposentada com o suspeito e levaram os registros até os investigadores.

A motivação para a morte é desconhecida, mas, para policiais, o caso pode ter relação com a questão de gênero. Se confirmado, esse pode ser o 14; feminicídio registrado desde o início do ano até agora.