Cidades

Policial civil de Goiás que matou empresário é condenado a 20 anos

Paulo Roberto Gomes Bandeira atirou três vezes contra Gustavo Gero Soares, que morreu na hora. O amigo dele, Carlos Augusto, ficou ferido. Crime aconteceu em 12 de maio do ano passado, em Taguatinga Norte

Sarah Peres
postado em 22/05/2019 20:50
Gustavo Gero Soares, 25 anos, era engenheiro civil e dono de uma loja de autopeças em Vicente PiresO policial civil do Estado de Goiás Paulo Roberto Gomes Bandeira foi condenado a 20 anos de prisão. Ele é acusado de matar o empresário Gustavo Gero Soares, 25 anos, e deixar o amigo dele, Carlos Augusto Moreira Galvão, ferido. O julgamento ocorreu um ano após o crime, cometido em 12 de maio, em um bar da QNL 9/11, em Taguatinga Norte.

Conforme apuração da polícia, os homicídios consumado e tentado aconteceram após uma discussão por conta de as vítimas terem urinado na rua. À época, Carlos Augusto contou aos investigadores da 17; Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) que o agente os advertiu pelo erro. Gustavo e Carlos se desculparam, mas, em seguida, Paulo Roberto proferiu injúrias racistas contra o sobrevivente. A atitude gerou uma reação violenta.

Gustavo deu um soco no rosto de Paulo Roberto, que caiu no chão. Os amigos, então, decidiram ir embora. Quando o agente levantou, buscou a pistola calibre 40 no carro. Era por volta das 13h quando o policial civil efetuou os disparos em direção às vítimas, no meio da rua. Gustavo morreu na hora ao ser acertado com três tiros. Como Carlos Augusto não foi ferido em local letal, ainda conseguiu reagir e desarmar o acusado.

No entendimento dos promotores do Ministério Público, os crimes foram motivados por um motivo fútil. Ainda, a ação do réu em utilizar a arma de fogo para se defender foi desproporcional com a situação. A acusação também argumentou que as vítimas estavam desarmadas e foram atacadas quando os ânimos tinham sido controlados, uma vez que estavam indo embora.

Paulo Roberto foi condenado pelo homicídio duplamente qualificado de Gustavo e a tentativa também qualificada contra Carlos Augusto. Ele cumprirá a pena em regime inicialmente fechado e não poderá recorrer em liberdade.
O Correio ligou para a advogada do condenado, Marilia Fontenele, mas ela preferiu não se manifestar.

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