Cidades

VÍDEO: moradores incendeiam casa de acusados de torturar quatro sobrinhos

A polícia de Planaltina de Goiás vai apurar quem ateou fogo ao imóvel. O casal está preso acusado de espancar e torturar os quatro sobrinhos. Uma das crianças morreu, a outra está internada no DF e outras duas, estão num abrigo

Walder Galvão, Mariana Machado
postado em 31/05/2019 15:39
[VIDEO1]
Revoltados, moradores de Planaltina de Goiás atearam fogo na casa onde moravam as crianças que sofreram série de espancamentos na quarta-feira (29/5). Uma das vítimas, de 7 anos, não resistiu às agressões e morreu. As outras, de 1, 3 e 9 anos, estão internadas sob tutela do Estado, no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). O incêndio será investigado pela delegacia do município goiano.

O fogo foi registrado em vídeo por moradores da cidade. As imagens, feitas de longe, mostram a fumaça tomando de conta do barraco, ainda sem reboco. As vítimas moravam na residência com a tia, de 17 anos, e o namorado dela, de 19. A jovem está apreendida e o rapaz, preso. Ambos são suspeitos de terem cometido os espancamentos, porque as crianças haviam pedido comida.

Agora, a Polícia Civil investiga como as quatro crianças acabaram sob tutela dos agressores. Os pais delas estão presos desde fevereiro, acusados de tráfico de drogas. A vítima de 3 anos foi levada ao hospital do DF por estar com duas fraturas no braço. Em depoimento, a tia disse que ela era a criança que mais apanhava, porque urinava e defecava nas roupas.
A Polícia Civil investiga como as quatro crianças acabaram sob tutela dos agressores

O delegado à frente do caso, Antônio Humberto Costa, informou que aguarda audiência de custódia de Bruno. ;Ele continua preso. Estamos diligenciando para concluir o inquérito. Ainda não recebemos informações sobre a audiência dele;, ressaltou. De acordo com o investigador, a adolescente teve a internação determinada e será encaminhada a Goiânia.

Brutalidade

Ao Correio, o Conselho Tutelar informou que não tinha registros de ocorrências relacionadas à família até quarta-feira. O presidente do órgão, Antônio Freire, disse que esteve com as crianças e que elas estão melhorando. Ele ressalta que a expectativa dos profissionais é de que a família perca o vínculo com as vítimas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação