Cidades

PM de escola com gestão compartilhada é acusado de assediar aluna

Sargento da Polícia Militar foi afastado preventivamente do Centro Educacional 3, de Sobradinho, após denúncias de mensagens e atos impróprios: "Beijos no canto da boca", teria escrito em mensagem à aluna

Alan Rios
postado em 04/06/2019 08:39
Conversa será analisada pela Corregedoria da PM e pela Secretaria de Educação
A Secretaria de Educação do Distrito Federal afastou, preventivamente, um sargento da Polícia Militar de 54 anos acusado de praticar assédio contra alunas do Centro Educacional 3, uma das quatro escolas com gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública no Distrito Federal.
A denúncia é de estudantes da instituição de ensino, que organizaram, para esta terça-feira (4/6), um protesto silencioso na escola. "Uma aluna foi assediada por um sargento e a outra levou um tapa na ;bunda;. O mesmo pegou o número dela e da irmã em arquivos escolares e, por meio do WhatsApp, passou a incomodá-las com frases do tipo ;beijinho no canto da boca;", afirmou uma estudante do CED 3. Aos militares, o acusado chegou a se defender dizendo que a mensagem havia sido enviada errada, pois seria para sua esposa.
Por meio das redes sociais, os alunos combinaram de usar uniformes pretos durante o intervalo e levantar cartazes de manifestações contra o modelo de gestão compartilhada. Os grupos também estavam organizando um movimento em frente à escola no horário da saída, às 12h30, mas o ato foi cancelado.
Na manhã desta terça, a direção da instituição se reuniu com representantes da Secretaria de Educação e da Polícia Militar. Ainda de acordo com os alunos, a diretora do CED 3 havia tentado minimizar o caso ao receber as primeiras reclamações, dizendo apenas que "as pessoas erram".

O secretário de Educação, Rafael Parente, confirmou que o profissional foi afastado preventivamente e que a pasta abriu sindicância para investigar o fato. "Não vamos tolerar qualquer tipo de violência em nossas escolas, muito menos vinda de profissionais", frisou.

O Correio entrou em contato com a Polícia Militar, que informou que "não admite tal conduta" e "o fato está sendo apurado pela Corregedoria".

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