postado em 05/06/2019 04:07
Após quase um ano e quatro meses em obras, o Governo do Distrito Federal liberou ontem a circulação de veículos no viaduto da Galeria de Estados, no Eixão Sul. Em fevereiro de 2018, duas faixas da via desabaram, deixando uma cratera na região. Segundo o GDF, 120 mil veículos trafegam diariamente pelo local.
A pista foi liberada às 13h20. Orçada em mais de R$ 12 milhões, a reconstrução contou com 138 operários. Durante a entrega, o governador do DF, Ibaneis Rocha, ressaltou que pegou a obra com 24% de conclusão. ;O viaduto foi um grande desafio. O prazo de entrega era mais alongado, mas entramos em entendimento com a empresa responsável e conseguimos adiantar a entrega;, comentou.
A demora incomodou quem trafega na região. A servidora pública Gabriela Braga, 35 anos, trabalha no Setor de Autarquias Norte e usava a via diariamente. Ela conta que, como passa pelo Eixão fora do horário de pico, não enfrentou grandes problemas com o bloqueio, mas questiona o tempo para o término do serviço. ;Essa é mais uma das muitas obras demoradas. Se essa, que era prioridade, demorou isso tudo, imagine as que não são;, afirmou.
A obra total da área está 90% concluída. As pistas que passam por baixo do viaduto devem ser entregues no fim do mês. A finalização dos serviços, que inclui a reforma da Galeria dos Estados, está prevista para o próximo ano. ;É uma obra que envolve trabalho estrutural também, não só a reforma das lojas. Nós temos problemas nas alças laterais, que são recuperadas por meio do fortalecimento das estruturas;, detalhou o chefe do Palácio do Buriti.
Para possibilitar o tráfego de veículos no período em que as faixas ficaram bloqueadas, o governo viabilizou um desvio próximo ao Eixão. Para a bancária Anna Oliveira, 47, a alternativa diminuiu os impactos do bloqueio. ;Na hora em que vou para o trabalho, por volta das 12h40, o movimento é pouco e estava melhor para entrar pelo Buraco do Tatu, pois não vinha nenhum carro do Eixão, porque ele estava fechado, mas, no retorno, após as 19h, era bem pior. Vamos ver agora como vai ficar;, disse.
Manutenção
Na cerimônia de reabertura da via, Ibaneis afirmou que a queda do viaduto foi consequência da falta de cuidado com a cidade, que envelhece sem os devidos reparos. ;Essa é a marca do abandono, a marca do desleixo. Enquanto não cair, não se recupera. Enquanto não acabar, não se começa novamente. Nós temos de ter cuidado com a nossa cidade. São nas pequenas obras, nas pequenas manutenções que se traz benefícios para a população;, frisou.
O desmoronamento de parte do Eixão alertou as autoridades para outras pontes e viadutos que precisam de reparos. Em um relatório do Tribunal de Contas do DF, divulgado na época do incidente, a estrutura da Galeria dos Estados estava entre as 13 de Brasília que precisavam de reparos e manutenção urgentes. Depois do ocorrido, as edificações passaram por nova vistoria, e um pacote de obras foi implementado para revitalizar tesourinhas e viadutos.