Cidades

Vicente Pires: lagoas para escoar água da chuva devem ficar prontas em 2020

Lagoas pluviais terão a função de receber a água e lançá-la com menos força e volume nos córregos de Vicente Pires e Samambaia

Juliana Andrade
postado em 06/06/2019 06:00
Com as lagoas, a água da chuva chegará com menos força aos córregosA construção de lagoas pluviais é uma das alternativas para resolver a falta de escoamento em Vicente Pires. Elas terão a função de receber a água da chuva e lançá-la com menos força e volume nos córregos de Vicente Pires e Samambaia. Dessa forma, evitaria, por exemplo, a erosão do solo e o alargamento das margens dos cursos d;água.

"Esses dois córregos são contribuintes no Lago Paranoá. O lançamento de água com menos vazão, diminuindo o processo erosivo e com mais qualidade, impacta positivamente os dois córregos, além do Lago Paranoá;, explica o subsecretário de Acompanhamento Ambiental e Políticas de Saneamento da Secretaria de Obras, Diego Bergamashi.

No total, serão 22 conjuntos de lagos pluviais. Segundo Diego, cada um deles apresenta dois tipos de reservatórios. O primeiro tem o objetivo de reter resíduos e segmentos, enquanto o segundo lança a água em menos quantidade nos córregos. Elas serão usadas como parte fundamental no sistema de drenagem da região, somada às vantagens ambientais da iniciativa. As obras tiveram início em 2016, e a expectativa é de que sejam concluídas em 2020.

Em alguns conjuntos, os dois processos são feitos em um único reservatório. Esse é o caso da lagoa da Rua 4. Ela tem cerca de 3,5m de profundidade e 11.500 metros quadrados de extensão. Segundo o engenheiro civil Haroldo Alexandre Fernandes, da empresa VP Construção, responsável pela empreitada, a lagoa atenderá dois terços da Rua 4 e metade da Rua 6. ;A água entra pelos ramais, vai para a rede principal e chega à bacia por meio dos dissipadores;, detalha Haroldo. No fim da bacia, há seis tubos de 800m, por onde a água é jogada no córrego com menos sujeira e força.

Os moradores de Vicente Pires convivem com o problema da ausência de redes pluviais desde a ocupação desordenada da região. O comerciante Wenio Nunes, 44 anos, tem uma loja na Rua 4 há 18 anos e lembra quando foi levado por uma enxurrada. ;Fechei o comércio no fim da tarde, tentei ir para casa e fui arrastado com o carro. É um volume assombroso. Só quem enfrenta uma tempestade aqui entende o que eu estou falando;, comenta.

Segurança

As lagoas são erguidas ao lado de casas. Por questões de segurança, o subsecretário de Acompanhamento Ambiental e Políticas de Saneamento afirmou que os reservatórios serão cercados e sinalizados. ;Em Vicente Pires, tivemos problemas com o espaço, e as lagoas acabaram sendo construídas bem próximas às moradias. A única forma pensada e exigida pelos órgãos ambientais é uma cerca totalmente fechada. Não dá para monitorar a entrada de pessoas, pois são dezenas de lagoas no DF. O que pode ser feito é a manutenção da cerca e a aplicação de placas de alerta;, destaca Diego.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação