O Brasil estreia na Copa do Mundo de Futebol Feminino neste domingo (9/6), contra a Jamaica. Essa é a oitava edição da disputa, e a mais importante para a história do torneio até agora. Pela primeira vez, haverá a transmissão de todos os jogos do torneio, na tevê fechada, e de todos da Seleção Brasileira nos canais abertos, mesmo com a competição coincidindo com a Copa América, disputada pelos homens, no Brasil.O Mundial, que ocorre na França, vendeu mais de 720 mil ingressos, mais da metade da quantidade total de bilhetes. Em Brasília, os torcedores se organizam para assistir aos jogos. A estudante Thaís Oliveira, 21 anos, por exemplo, vai tentar conciliar os horários do trabalho para acompanhar o torneio, pois diferentemente do que acontece na Copa do Mundo masculina, a maioria das empresas não libera os funcionários no período dos jogos femininos.
Entusiasta da Seleção, a estudante tem como jogadora favorita a atacante Marta. ;Por todas as conquistas e por nunca ter abaixado a cabeça para continuar fazendo e trabalhando com o que ama em um cenário extremamente machista;, afirma. Thaís considera que a divulgação da Copa do Mundo feminina começou a ganhar grandes proporções graças a movimentos nas redes sociais, e acredita que o engajamento com as próximas edições será ainda maior.
Transmissão
Alguns estabelecimentos prepararam programação para os jogos do Brasil. É o caso do bar Fritz, no Guará II. O dono, Felipe Tomazelo, 21, conta que a ideia de incluir os jogos na programação foi da namorada, e que vê a necessidade de reconhecimento e visibilidade da Seleção feminina. ;É uma demanda de diversas mulheres que procuram um bar que não tenha um ambiente predominantemente masculino, machista e com gente questionando o gosto das mulheres de jogar, beber e de gostar de futebol.;
Outro que vai exibir os jogos é o Barziin Gastrobar, na Asa Norte. A proposta surgiu de Hanna Iwamoto de Thuin, embaixadora da @putapeita, coletivo que usa frases políticas em roupas como forma de militar. ;A ideia é que a gente se una, entenda que a paixão pelo futebol pode ser também pelo futebol feminino. Tudo depende de como a gente vai construir e do alcance e da visibilidade que vai dar;, afirma. Ela diz que foi muito difícil encontrar um bar que topasse incluir a programação para a Copa feminina.
Correio na Copa
O Correio Braziliense preparou uma cobertura completa da Copa do Mundo Feminina, com duas correspondentes no país-sede. Vídeos, podcast e textos serão publicados diariamente no blog Elas no Ataque, por Maíra Nunes e Maria Eduarda Cardim. Na França, as jornalistas estão se dividindo para divulgar tudo sobre o futebol e o clima no país. Acompanhe em http://blogs.correio braziliense.com.br/elasnoataque/.Onde assistir
Barziin Gastrobar
413 Norte, Bloco E, Loja 19. Neste domingo (9/6), às 10h30, transmissão no telão do jogo Brasil x Jamaica. Pós- jogo com Trio à Brasileira (Ju Rodrigues, Mariana Sardinha e Irene Egler). Entrada franca. Não recomendado para menores de 18 anos.
Bud Basement
Estádio Nacional Mané Garrincha (porão do estádio). De 14 de junho a 13 de julho, exibição da final da Copa Feminina e dos jogos da Copa América, shows e apresentação de DJs. Ingressos a partir de R$ 40 pelo site Influenza Produções. Não recomendado para menores de 18 anos.
Campinense
410 Norte, Blocp B, Loja 52. Neste domingo (9/6), às 10h30, transmissão no telão do jogo Brasil x Jamaica. Entrada franca. Não recomendado para menores de 18 anos.
Fritz bar
Guará II, QE 19, Loja 14. Neste domingo (9/6), às 10h30, transmissão no telão do jogo Brasil x Jamaica. Entrada franca. Não recomendado para menores de 18 anos.
* Estagiária sob supervisão de Renato Alves