Cidades

Jovem que ameaçou realizar massacre em faculdade é investigado pela PCDF

Estudante do curso de direito, o homem de 24 anos ameaçou alunos de uma faculdade particular da Asa Sul, alegando que realizaria um massacre na instituição

Sarah Peres
postado em 11/06/2019 10:35
Fachada da 01ª Delegacia de Polícia da Asa SulUm jovem de 24 anos foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a manhã desta terça-feira (11/6). A ação ocorreu porque o estudante de direito ameaçou colegas de curso, alegando que iria repetir o massacre de Columbine em faculdade particular da Asa Sul.

Agentes da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) chegaram até o suspeito por meio de denúncia anônima. Na ligação, a testemunha afirmou que o jovem tem comportamento agressivo, o que é percebido nos discursos de ódio dele contra personalidades conhecidas.

A ameaça aos estudantes do curso ocorreu na última quarta-feira (5/6), conforme investigação da Polícia Civil. O mandado foi cumprido e, com o suspeito, agentes encontraram roupas militares, tonfa e outros objetos. Todo o material está apreendido e será encaminhado para perícia.

"Com a diligência, pretendemos verificar a gravidade da situação e procurar por armas, munições, explosivos e arquivos relacionados a atentados e planejamentos operacionais para colocá-los em prática. O investigado tem perfil de uma pessoa retraída, solitária e introspectiva. Nos tempos atuais, não podemos arriscar, ainda mais depois do ocorrido em Suzano.", destaca o delegado João de Ataliba, adjunto da 1; DP.

Massacres e ameaças

O Massacre de Columbine foi realizado por dois adolescentes que estudavam na instituição. Eric Harris e Dylan Klebold assassinaram 13 estudantes da Columbine High Schooll, localizada no Colorado, Estados Unidos. Para colocar o plano homicida em ação, os jovens utilizaram explosivos, armas de fogo e facas. Depois do crime, os dois se mataram. O atentado levantou uma forte discussão acerca do bullying e do porte de armas.
As apurações da ameaça feita pelo universitário ocorrem três meses após o ataque em Suzano, cometido por dois alunos na Escola Estadual Professor Raul Brasil, deixando 10 mortos e igual número de feridos. Após o massacre, em 13 de março de 2019, uma onda de ameaças tomou conta do DF.

Em 18 de março, o esquadrão antibombas da Polícia Militar precisou ser acionado para apurar a suspeita de atentado contra o Centro Educacional Gisno, escola pública da 907 Norte. Um adolescente foi apreendido e levado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), mas nenhum explosivo foi encontrado no colégio. Mesmo assim, as aulas chegaram a ser suspensas.

A suspeita partiu de uma apuração da 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte), a partir de mensagens postadas em redes sociais sinalizando o ataque, que poderiam ter a participação de quatro estudantes. Após o atentado ter sido descartado, apenas um adolescente, considerado o pivô das ameaças, foi levado à DCA.

Dois dias depois da atuação no colégio Gisno, o secretário de Segurança, Anderson Torres, anunciou que as forças policiais identificaram 11 responsáveis por fazer ameaças na internet a escolas públicas do DF. Para conter as ameaças, o efetivo dos batalhões escolares foi reforçado em 180 policiais.
Colaborou Bruna Lima

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