Cidades

Pena de casal acusado de esquartejar Rhuan pode chegar a 57 anos

Além do crime de homicídio qualificado, as suspeitas responderão por lesão corporal grave, tortura, ocultação de cadáver e por alterar a cena do crime

Walder Galvão
postado em 11/06/2019 12:02
Rhuan Maycon, 9 anos, morreu após levar 12 facadasAgentes da 26; Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) concluíram a fundamentação das investigações sobre o assassinato de Rhuan Maycon, 9 anos. O garoto foi morto e esquartejado em 31 de maio pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, 27, e pela madrasta, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 28. Além do crime de homicídio qualificado, as suspeitas responderão por lesão corporal grave, tortura, ocultação de cadáver e por alterar a cena do crime. Somadas, as penas máximas podem chegar a 57 anos.

Os investigadores apresentam o inquérito à Justiça nesta terça-feira (11/6). Após viagem ao Rio Branco (AC), cidade natal da família, na última semana, o delegado à frente do caso, Guilherme Sousa Melo, conseguiu indícios para enquadrar as acusadas em outros crimes. ;Nosso objetivo é fazer com que elas cumpram a maior pena possível;, frisou.

As suspeitas responderão por lesão corporal grave e tortura por terem removido o pênis de Rhuan há cerca de 2 anos. ;O ato já configura lesão corporal. Porém, como o procedimento causava dor ao garoto e uma série de outros problemas, também pode ser configurado como tortura;, ressaltou. Como ambas tentaram esconder o corpo do menino e limparam a cena do crime com água sanitária, também serão acusadas de ocultação de cadáver e fraude processual.

Exame pericial

Os peritos da Polícia Civil também concluíram o laudo cadavérico do corpo de Rhuan. Eles identificaram que, ao todo, o menino foi alvejado 12 vezes pela mãe. ;Enquanto dormia, ele foi surpreendido por uma facada no peito. Em seguida, Kacyla o segurou pelos ombros e Rosana deu mais 11 golpes de faca no tórax dele,; explicou o delegado.

Os investigadores ainda detalharam que o menino foi decaptado e teve a pele do rosto removida. Enquanto Kacyla preparava a churrasqueira para queimar os restos mortais do menino, Rosana o esquartejava. Além disso, elas teriam comprado um martelo para triturar os ossos do garoto e facilitar o descarte. Os órgãos e a pele seriam cozidos e jogados em um vaso sanitário. No entanto, por causa da fumaça, decidiram distribuir os restos mortais em duas malas e uma mochila, que seriam descartadas na rua.

O exame pericial também permitiu que os investigadores identificassem a remoção do pênis do garoto e a forma com que ele vivia. Por isso, foi possível enquadrar as duas no crime de tortura. Além disso, os peritos suspeitam que o menino tenha sido decapitado ainda vivo.

Barbárie

Rosana e Kacyla assassinaram Rhuan no fim da noite de uma sexta-feira. O garoto estava dormindo quando recebeu diversos golpes de faca. Em seguida, ele teve o rosto desfigurado, foi decapitado e esquartejado. As mulheres ainda tentaram queimar a carne dele em uma churrasqueira, para poder descartá-la em um vaso sanitário. No entanto, pararam por causa da grande quantidade de fumaça.

Elas distribuíram as partes do corpo do menino em uma mala e duas mochilas escolares. Rosana jogou um dos itens em um bueiro de Samambaia, mas foi vista por pessoas que estavam na rua. Curiosos abriram o objeto e encontraram o corpo. A Polícia Civil foi acionada e prendeu o casal na residência. Os investigadores não descartam a possibilidade de que as acusadas fariam o mesmo com a garota filha de Kacyla, que estava dormindo quando os agentes chegaram.

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