Cidades

Polícia reconstitui últimos passos de mulher encontrada morta em matagal

Ex-companheiro foi investigado, mas a polícia descartou a participação dele no crime

Juliana Andrade
postado em 13/06/2019 15:30
Genir estava desaparecida desde o dia 2 de junhoA 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) continua investigando a morte de Genir Pereira Sousa, 47 anos, que estava desaparecida desde 2 de junho e teve o corpo encontrado, já em estado de decomposição, na quarta-feira (12/6), em um matagal entre Planaltina e o Paranoá. Segundo os policiais que atuam no caso, nenhuma hipótese, incluindo feminicídio, latrocínio e estupro, estão descartadas.

Os investigadores já conseguiram reconstituir os passos de Genir horas antes de seu desaparecimento. No sábado, 1; de junho, ela saiu da pizzaria onde trabalhava acompanhada de um homem com quem mantinha um relacionamento e passou a noite com ele. Em 2 de junho, ela saiu da casa desse companheiro e foi até o condomínio onde a patroa, dona da pizzaria, mora, no Paranoá. Imagens de câmeras de segurança mostram que ela chegou por volta das 7h30 e saiu aproximadamente 10 minutos depois.

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Antes disso, por volta das 6h, ela telefonou para o filho, o padeiro Leonardo Araújo, 29 anos, dizendo que mais tarde iria para casa. "Foi a última vez que eu falei com ela, no domingo. Ela disse que ia para casa, mas não apareceu", conta o jovem. Leonardo estranhou a demora da mãe em chegar, mas ficou realmente preocupado quando a dona da pizzaria ligou para ele, horas depois, dizendo que Genir não tinha aparecido para trabalhar na pizzaria no domingo. Desde então, a vítima não atendeu mais ao telefone nem respondeu mensagens de texto.
Em busca por respostas do que pode ter levado ao crime, a polícia apura outros aspectos da vida de Genir. A delegada da 6; DP, Jane Klebia, conta que a vítima teve um relacionamento conturbado no Piauí há pouco tempo, mas que o ex-companheiro não é apontado como autor do crime. "Ela ficou com ele durante três meses e começou a agredir-la, então ela voltou para Brasília. Ele era suspeito, mas encontramos registros dele em diversos lugares e dias durante o desaparecimento;, afirma.

A polícia também trabalha com a hipótese de latrocínio. Genir estava com R$ 750, que havia recebido por um serviço. O dinheiro e o celular da vítima não foram encontrados. A delegada ainda ressalta que a perícia poderá apontar se houve violência sexual.
A família aguarda a liberação do corpo para levá-lo ao Piauí, onde os pais de Genir moram e onde ela será enterrada.

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