postado em 13/06/2019 20:21
Quatro pessoas foram transferidas para a Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), nesta quinta-feira (13/6). Os pacientes são vítimas da explosão do barco em Cruzeiro do Sul (AC). O acidente aconteceu na sexta-feira (7/6), por volta das 18h, no Rio Juruá, durante o abastecimento da embarcação, que levava tambores de combustível. Duas pessoas morreram, entre elas uma criança, 11 foram resgatadas e transferidas para os hospitais de Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, e quatro tiveram alta.
O primeiro paciente chegou à capital pela manhã, por volta das 9h. Os outros três deverão desembarcar no Distrito Federal às 21h. O transporte utilizado está sendo feito por avião da unidade de tratamento intensivo (UTI) da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a Secretaria de Saúde, a previsão é de que eles fiquem internados na Unidade de Queimados do Hran, em tratamento, por um período de quatro a seis meses.
A explosão do barco mobilizou os órgãos de diversos estados. Nesta segunda-feira (10/6), uma criança de 4 anos e um homem de 38 foram transferidos para hospital de Belo Horizonte. O menino sofreu queimaduras no rosto e o adulto ficou com 80% do corpo queimado.
;Quando ficamos sabendo do ocorrido, pensamos em agir imediatamente para ajudá-los. Sei que aquela região não tem atendimento especializado em queimaduras. A partir daí, comecei a ver a possibilidade de transferi-los para cá. Considero que fizemos um trabalho de excelência, com equipes engajadas e comprometidas;, disse, ao Correio, o chefe da Unidade de Queimados do Hran, José Adorno.
Segundo o médico, os pacientes transportados para a capital têm queimaduras entre 30% a 40% no corpo todo. ;A primeira etapa do tratamento será a cirurgia para retirar o tecido queimado do corpo e, depois, vem a recuperação. O objetivo é cobrir essas feridas o mais rápido possível, pois, quando você perde pele, você perde líquido do corpo, proteínas e chega a emagrecer muito. Temos também o apoio da equipe de enfermagem, que está tratando dos curativos;, explicou. Para o processo de reconstrução de pele, Adorno ressaltou que acionou os quatro bancos de pele do país para captar doações.