Cidades

Irmã de criação vai morar com o pai

postado em 17/06/2019 04:18
A menina, de 8 anos, morava com Rhuan Maycon e com Kacyla e Rosana, que o mataram em 31 de maio

Depois de um longo processo de reaproximação, a menina de 8 anos que morava com Rhuan Maycon, 9, voltou para o Acre com o pai no sábado. A garota é filha de Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 28, que, com a parceira Rosana Auri da Silva Candido, 27, mãe de Rhuan, matou e esquartejou o garoto em Samambaia Norte. A irmã de criação estava em um abrigo desde o crime, em 31 de maio.

A conselheira tutelar Claudia Regina Carvalho, que acompanhou o caso, afirma que a decisão foi tomada depois de pedidos feitos pela própria garota. ;Na quarta-feira, ela falou para a gente que queria viajar e morar com o pai. Na quinta, ela voltou a fazer o mesmo pedido. Então, reunimos a equipe e, com a Defensoria Pública, psicólogos, Vara da Infância e Ministério Público ; das duas unidades da Federação ;, decidimos que já seria hora, respeitando sempre a vontade da criança;, destaca.

Para o pai, um servidor público de 29 anos, o fato de a família estar unida novamente é uma vitória, após cinco anos de buscas pela pequena. ;Infelizmente, aconteceu em meio a essa tragédia. Mas, depois de todo o trabalho e apoio que consegui no Distrito Federal, minha filha aceitou vir comigo de novo. Depois de tudo o que ela passou, eu só quero dar todo o amor e carinho que ela merece;, disse.

O homem procurava a garota desde que a mãe dela fugiu com a criança do Acre. Logo após saber do ocorrido, ele veio para Brasília para levar a filha de volta para casa, porém, ao chegar ao abrigo, os conselheiros perceberam que a garota tinha muita aversão à figura masculina. ;Nós precisamos trabalhar a questão do vínculo afetivo dela com o pai. Além das visitas diárias, proporcionamos passeios externos;, detalha a conselheira Cláudia. Para tratar a relação com o sexo oposto, um grupo de psicólogos acompanhou a criança. ;Um dos profissionais é homem e ele foi trabalhando essa questão. Foi um processo bem intenso, mas bastante positivo, dentro do limite dela;, garante.

A menina vai ser acompanhada por uma equipe do Acre. De acordo com Cláudia, a parceria entre as duas unidades da Federação foi de extrema importância para o avanço do caso. A família dela também vai ter assistência. Além do pai, a criança vai morar com a madrasta. ;Esse será o início de uma nova página nas nossas vidas;, afirma o pai. ;Só tenho a agradecer todo o apoio e pelas orações;, comemora.

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