Cidades

Caso de vendedora arrastada pode evoluir para tentativa de homicídio

Delegado-chefe da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), responsável pela investigação, espera que o casal suspeito se apresente até terça-feira (18/6)

Alan Rios, Isa Stacciarini
postado em 17/06/2019 14:51
Vendedora precisava da renda dos balões para pagar contas
O delegado responsável por investigar o caso da vendedora de balões arrastada por um carro na porta de uma festa junina espera que o casal suspeito pelo crime se apresente até terça-feira (18/6). A ocorrência é tratada, inicialmente, como uma lesão corporal, mas, segundo o chefe da 12; Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), pode evoluir até para uma tentativa de homicídio. ;Somente as investigações vão poder dizer qual a proporção do fato;, explicou o delegado Josué Ribeiro.
Ele acredita que o motorista não tenha tido intenção de arrastar Marina Izidoro de Morais, 63 anos. ;A passageira do carro puxou o balão da mão da vendedora, mas, possivelmente, pode não ter notado que eles estavam presos no pulso da vítima;, esclareceu o delegado.

Nas redes sociais, uma internauta contou ter visto o exato momento em que a vítima caiu no asfalto e foi arrastada pela força do veículo. A Polícia Civil tenta localizar a testemunha para colher depoimento formal dela.

Entenda o caso

Marina estava trabalhando na porta de uma escola particular de Taguatinga Sul no domingo (16/6), desde às 11h, vendendo balões. Por volta de 19h30, um casal em um carro de luxo parou na sua frente e pediu desconto nos produtos. Já na negociação eles ficaram irritados, mas pediram para levar três.
Braços ficaram com a marca da corda dos balões
;Quando abaixei para pegar o balão para a mulher que estava no passageiro, ela puxou a corda que estava amarrada na minha mão. Quando fez isso, ele fechou o vidro e saiu me arrastando. Foi horrível, comecei a gritar por socorro. Vi a morte de perto;, lembrou a senhora.

O casal apontado como suspeito está foragido desde domingo. ;Agora eu só quero justiça, eles têm que pagar pelo que fizeram. Porque eu fiquei toda machucada, quase não estou mais aqui para contar história, e vou ficar sem trabalhar, sem poder pagar minhas contas;, lamentou.

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