Rafaela Gonçalves*
postado em 18/06/2019 17:45
Em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceira do Correio Braziliense com a TV Brasília, o novo presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal, Eduardo Aroeira, ressaltou a necessidade de uma fiscalização severa do solo, tendo em vista o grande número de ocupações irregulares. "Estamos sob pena de não poder mais regularizar, porque se não vira um estímulo a invasão. A gente precisa transformar Brasília novamente em uma cidade planejada e legal", disse.Ele listou listou os transtornos causados pela falta de planejamento urbano. "Ocupações irregulares pioram a qualidade de vida de toda a população, edificações causam risco de vida para todos esses moradores e criam problemas ambientais que são insanáveis", considerou.
Segundo Aroeira, as condições atuais do mercado imobiliário apontam como um bom momento para quem tem condições e deseja realizar o sonho da casa própria. "Há um descompasso entre oferta e procura, a gente acredita que, assim que o consumidor tiver confiança e procurar aumentar a demanda, pode haver um aumento de preço. Por isso agora é um bom momento para comprar.;, disse.
A Caixa Econômica Federal anunciou no início de junho uma redução nas taxas de financiamento habitacional favorecendo os compradores e trazendo uma expectativa de melhoria para o setor. "A gente vinha de uma lógica de aumento das taxas de juros por vários anos e considerando que a Caixa é responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais, fará naturalmente com que as outras instituições financeiras também reduzam", disse.
;Aqui no Distrito Federal teremos um impacto forte na região de Águas Claras, que utiliza desse financiamento do SFH. Não foi muito falado na imprensa, mas o SFI, que é um funding de financiamento de apartamentos e casas mais valorizadas, foi igualado à taxa de juros do SFH. Então, a gente acredita que principalmente o setor Noroeste deverá receber um impacto muito positivo.;, acrescentou.
Há uma grande expectativa de que a retomada do setor contribua para a melhora da economia e do mercado de trabalho. "A construção civil é realmente a forma mais rápida de se gerar emprego. Comparando a atual situação do nosso mercado imobiliário, historicamente a gente tinha a oferta de 9 mil imóveis novos por ano e, hoje, a gente tem 3 mil. Com isso, está posta a situação para novas obras para que a gente atinja o ponto de equilíbrio entre demanda e oferta", segundo Aroeira esses seriam indicadores para o aumento da atividade econômica junto ao avanço das reformas propostas pelo governo.
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca