Cidades

Bombeiro é acusado de furtar e vender equipamentos de quartel na internet

Na casa do militar, a Polícia Civil encontrou mosquetões, cordas, cadeirinhas, entre outros equipamentos. Ele foi detido no quartel de salvamento onde atua

Caroline Cintra, Juliana Andrade
postado em 19/06/2019 13:12
Os materiais apreendidos pela polícia na manhã desta quarta-feira (19/6) é avaliado em R$ 70 mil A Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um militar do Corpo de Bombeiros suspeito de furtar e comercializar materiais de salvamento da corporação. Ele estava no quartel onde atua no momento da ação da polícia e deve permanecer detido no local até medidas administrativas serem tomadas.

O coordenador da DRCC, Giancarlos Zuliani, contou que a Polícia Civil recebeu a denúncia de que equipamentos de um quartel de salvamento dos bombeiros estavam desaparecendo. Os policiais trabalharam com a possibilidade de os objetos estarem sendo vendidos na internet. As investigações começaram em outubro do ano passado e, no mesmo mês, identificaram uma conta que comercializava equipamentos semelhantes aos que sumiram do quartel, no site de vendas Mercado Livre.

"Contamos com o apoio do Mercado Livre para chegar a essa conta, que tinha o nome de BSB Aventura. Ou seja, o militar vendia os equipamentos como se fossem de alpinismo, esportes radicais. Entre os materiais, havia cordas, mosquetões, cadeirinhas, entre outros", disse o coordenador da DRCC. Na casa do bombeiro foram encontrados 300 objetos, avaliados, a princípio, em R$ 70 mil.

O delegado explicou que, por se tratar de um militar, o bombeiro deve responder administrativamente primeiro por crime militar e, depois, passará pela Justiça. "Ele continua no quartel e lá vão seguir os procedimentos. Depois, ele responde criminalmente", ressaltou Zuliani.

Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros informou que o fato já era de conhecimento da corporação e que a busca e apreensão faz parte do rito processual que o caso requer. "Após as apurações no âmbito da Corporação, o IPM (Inquérito Policial Militar) será encaminhado à Auditoria Militar em obediência ao devido processo legal", completa o texto.

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