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Análise: ''Ainda é cedo para dizer se governo Ibaneis dará certo ou não''

A jornalista Ana Maria Campos reflete sobre o trabalho do governador na capital do país

Na onda das figurinhas do WhatsApp que estão na moda, há uma em que Rodrigo Rollemberg diz: ;Eu avisei;. É o discurso do ex-governador para reforçar o tom de que a vida real não é tão fácil na gestão do Distrito Federal como apontavam seus adversários na corrida ao Palácio do Buriti.

Eleito com quase 70% dos votos no segundo turno, Ibaneis Rocha criou uma grande expectativa na população de Brasília pelo discurso de realizações, benefícios aos servidores e mudança de rumos. De fato, não tem sido fácil colocar tudo isso em prática de uma hora para outra. Mas ainda é cedo para dizer se vai dar certo ou errado.

Falta dinheiro para a terceira parcela do reajuste de 32 categorias, a paridade da Polícia Civil do DF com a PF está travada em âmbito federal e a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também esperam ser contemplados. Ibaneis, no entanto, um neófito na política, quem diria, tem sido habilidoso na condução política.

Ele é impulsivo, diz o que pensa, mas soube construir uma ponte com sindicatos para evitar um desgaste como Rollemberg sofreu. Abriu um canal de interlocução com parlamentares, como o senador José Antônio Reguffe (Sem partido-DF), com a promessa de manter seus projetos na área de saúde. Também tem tentado ampliar o diálogo com o governo federal. Virou líder do fórum de governadores e conquistou o poder no MDB/DF, de olho numa projeção nacional no partido e na política.

Com erros e acertos, não foge de polêmicas e abriu o debate para temas espinhosos, como o passe livre estudantil, a conversão de licenças-prêmio em pecúnia e privatizações. Como disse, só o tempo exibirá o resultado e a marca da atual gestão, mas não é por falta de ousadia que Ibaneis será lembrado.