Cidades

Hran realiza primeira cirurgia que pode curar diabetes tipo 2 do SUS

A partir de agora, o procedimento será oferecido gratuitamente para toda a população na rede pública de saúde do DF

postado em 26/06/2019 00:40
Cirurgia é considerada segura e pouco invasivaProfissionais do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) realizaram, na manhã desta terça-feira (25/6), a primeira cirurgia metabólica que pode curar pacientes com diabetes tipo 2 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento trata-se de uma espécie de cirurgia bariátrica e de redução do estômago, e será oferecido pela rede pública de saúde do Distrito Federal a partir de agora, segundo o Executivo.

A intervenção foi comandada pelo médico Renato Teixeira, coordenador do Serviço de Cirurgia do Diabetes do DF. A paciente, segundo ele, não respondia mais ao tratamento clínico contra a doença, que continuava a evoluir e estava prestes a provocar cegueira.

Antes, a cirurgia era realizada apenas na rede privada. Contudo, em 2018, o Conselho Regional de Medicina (CRM) autorizou a implementação do tratamento cirúrgico para o diabetes.

Na operação, considerada pouco invasiva, o estômago é cortado em duas partes. Depois, o intestino é aberto em forma de Y e uma dessas partes é ligada ao estômago. Assim, o alimento é desviado para mais perto do fim do intestino.

O procedimento é seguro, pode evitar mortes, sequelas e infartos, e ajuda a diminuir os custos com o tratamento. A expectativa do governo é acabar com as filas para esse tipo de cirurgia no DF e oferecer uma opção segura e efetiva ao paciente.

A operação foi transmitida ao vivo para autoridades, profissionais da saúde e visitantes, no auditório do Hran. Além do governador Ibaneis Rocha (MDB), uma comitiva com integrantes do Executivo local e do federal, além do Legislativo acompanhou os trabalhos.

Classificações

O diabetes é uma doença caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, sendo a primeira causa de morte não traumática no mundo. Existem duas classificações: no tipo 1, a pessoa nasce com a doença devido a alterações no pâncreas. No tipo 2, o paciente a adquire devido a predisposições e associação à obesidade.

A prevalência da obesidade no Brasil é de 10% e afeta cerca de 450 mil pessoas no DF e Entorno. O diabetes do tipo 2 tem mortalidade e sequelas maiores do que o do tipo 1, sendo que, no país, a cada 1 mil pessoas com esse tipo da doença, 27 morrem todos os anos devido a casos de infarto do miocárdio.
*Com informações da Agência Brasília

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