postado em 02/07/2019 04:23
Diante dos números preocupantes, o Departamento de Trânsito (Detran) intensificou as campanhas educativas para tratar dos riscos da direção combinada com bebida. Atualmente, equipes do órgão focam em ações em bares da capital. ;A ideia é sensibilizar as pessoas do risco. Entregamos material educativo, damos informações, mas o momento mais importante é o debate que a gente acaba suscitando nas mesas;, explica o diretor de Educação no Trânsito do Detran, Marcelo Galvão.As equipes se valem também de equipamentos para mostrar, na prática, o que muda no corpo sob efeito do álcool. ;Temos um óculos que distorce a visão para mostrar como seria depois de beber para a pessoa ter noção da mudança;, acrescenta. Segundo Marcelo, as análises mostram que prevalece, no motorista que bebe e dirige, a sensação de que ele tem controle sobre a situação. ;Por isso, o foco é mostrar as consequências. Tentamos demonstrar para a pessoa o que ela pode vivenciar e deixar claro que, por mais que ela queira, não tem domínio de como estará ao dirigir depois de beber;, esclarece.
Para o especialista em educação e segurança no trânsito Eduardo Biavati, as campanhas educativas são fundamentais no processo de conscientização, mas é preciso que não sejam ações isoladas. ;É o tipo de assunto que não dá para se falar somente uma vez por ano. Essa é uma ferramenta que está disponível e pode ajudar, mas que precisa ser mais usada;, alega.
O que diz a lei
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sob influência de álcool é infração gravíssima. Quem for pego com níveis acima de 0,3 mg/litro pode ser preso, ter o veículo retido e a Carteira Nacional de Habilitação suspensa por um ano. A multa para os motoristas que cometerem a infração é de R$ 2.934,70. Em caso de reincidência em até 12 meses, a multa é dobrada e alcança o valor de R$ 5.869,40. Em 2019, a Lei n; 11.705, conhecida como lei seca, completou 11 anos.